CHESF PODERÁ TER PERDA ANUAL DE R$ 600 MILHÕES

Hidreletrica de Sobradinho foto Farnésio Silva
Hidrelétrica de Sobradinho       foto Farnésio Silva

O veto da presidente Dilma Rousseff a dois artigos da Medida Provisória 656, que prorrogava o prazo para que a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) fornecesse energia até o ano de 2042 para 12 grandes consumidores eletrointensivos, poderá resultar em perdas de até R$ 600 milhões à estatal. Os contratos em questão serão válidos somente até o próximo mês de junho.

Com a alteração, a Chesf, que vende a energia a preços abaixos dos praticados pelo mercado, a R$ 100 o Megawatt/hora (MW/h) deverá comercializar o insumo no mercado livre, cujo preço é de R$ 388,48 MW/h. A vantagem pelo sistema atual, é que a Chesf possui garantia de venda para estes grandes consumidores.

Se a renovação dos contratos, a demanda destas empresas será encaminhada às distribuidoras por meio de um mecanismo de cotas, estabelecido em 2013, a partir da sanção da Lei 12.783/2013. A legislação fez com que a Chesf direcionasse a energia gerada às concessionárias, com preços abaixo dos praticados até então, e, ao mesmo tempo, cumprir os contratos com os grandes consumidores eletrointensivos.

Sem poder ofertar a energia prevista, a estatal foi obrigada a fazer uso do mercado spot, o que onerou ainda mais as despesas da companhia. A estimativa é que os preju[izos acumulados cheguem a R$ 1,5 bilhão.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *