FERNANDO BEZERRA EM ARTIGO DEFENDE REAPROXIMAÇÃO DO PSB COM O GOVERNO DILMA

Em um longo artigo publicado na grande imprensa de Pernambuco neste fim de semana, O senador Eleito Fernando Bezerra Coelho, alerta subjetivamente seu partido, para o que ele  acha ser um erro política, o rompimento com o governo da presidente Dilma e o consequente distanciamento de seu partido, o PSB,  das rodas do governo. Nota-se também em sua escrita, que em nenhum momento houve se quer uma citação ao governador eleito  Paulo Câmara, com quem dividiu palanque nas últimas eleições. Leia

Por Fernando Bezerra Coelho

Senador Fernando bezerra (PSB) Foto Farnésio Silva
Senador Fernando bezerra (PSB) Foto Farnésio Silva

Neste período que antecede minha posse no Senado Federal, em 1º de fevereiro, tenho procurado me dedicar mais à leitura.

Dentre os livros que selecionei, destaco a trilogia biográfica de Getúlio Vargas, um dos maiores político do Brasil no século passado. Impressiona a capacidade de Getúlio de priorizar e hierarquizar os objetivos políticos e administrativos.

Embora o Partido Republicano do Rio Grande do Sul tenha dissentido do acordo da política do Café com Leite, que garantia o revezamento de Minas e São Paulo no poder federal, Getúlio com orientação do então líder Borges de Medeiros soube costurar como deputado federal a aproximação do seu estado com o governo central, permitindo na sequencia ser convocado para ministro da Fazenda do presidente Washington Luiz.

O Rio Grande do Sul, à época, iniciava um vigoroso programa de investimentos na infraestrutura ferroviária, portuária e rodoviária.

Lembro desta passagem porque acho que não temos espaço para errar na definição das prioridades de Pernambuco.

Eduardo Campos, com liderança política e talento administrativo, iniciou um grande ciclo de desenvolvimento para o nosso Estado.

Teve força política para atrair relevantes e expressivos recursos federais e teve talento e equipe para animar os empresários nacionais e internacionais a colocarem Pernambuco como destino dos seus investimentos.

O salto da economia pernambucana foi impressionante. Em 2006 Pernambuco arrecadava R$ 4,86 bilhões e a Bahia R$ 7,78 bilhões. Hoje, nossa arrecadação chegou a quase R$ 13 bilhões e já arrecadamos mais de 70% do ICMS da Bahia, Estado de maior população, território e PIB da região.

O desafio de Pernambuco é não ser deixado para trás mais uma vez na nossa historia por causa dos desencontros da política.

O que devemos fazer é buscar unir as forças políticas do Estado em torno do nosso projeto de desenvolvimento, sem receios e com firmeza buscar a reaproximação política com o governo central, para ser o parceiro de importantes investimentos que precisam ser iniciados acelerados ou concluídos.

Transposição, adutora do Agreste, canal do Entremontes, ferrovia, Arco Metropolitano, são alguns bons exemplos.

Em 2002 o PSB teve Anthony Garotinho, então governador do Rio de Janeiro, como candidato a presidente da República.

Miguel Arraes e Eduardo Campos souberam se recompor com o então presidente Lula e fizeram o alinhamento do governo estadual com o federal, após a nossa vitória nas eleições de 2006.

A candidatura de Eduardo Campos e sua trágica morte devem nos servir de inspiração para tomarmos as nossas decisões. É hora de acalentar novos sonhos e preparar o novo Pernambuco para um salto ainda maior.

Como senador por Pernambuco, é meu compromisso trabalhar para garantir os investimentos que permitam ao nosso Estado continuar gerando emprego e renda para a nossa população.

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