Exclusivo: Sede da Polícia do Exército em Salvador já abriga preso de Greve da PM

 

No mínimo um desacerto. Esse é o sentimento da família do soldado da Polícia Militar Alvir Silva. Por ter expressão junto à categoria, onde atua há 25 anos, o militar cedeu a pedido da Aspra e há algum tempo responde pela coordenação de Esportes da Associação. Mas, ainda de acordo com familiares, nunca participou de uma reunião e não mantém contato algum com os diretores da Associação. Alvir foi intimado e compareceu, espontaneamente, neste sábado (04) à Corregedoria da PM. Agora, ele está preso na sede da Polícia do Exército, na avenida Paralela, e corre o risco de ir à prisão de Segurança Máxima.

Ao desembarcar no final da manhã de ontem, em Salvador,  o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que, por solicitação do governo do estado, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) já reservou vagas em presídios federais para encaminhar policiais que tenham cometido algum tipo de crime durante o movimento grevista. No caso de Alvir o pedido de prisão preventiva já foi feito pelo MInistério Público da Bahia, de acordo com familiares. Ele é um dos 12 PMs cujo mandado de prisão foi expedido pela Justiça.  

No relato da família de Alvir, o soldado não só não participou do movimento, como esteve na Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa), onde é lotado. Ainda de acordo com familiares, o comandante da Companhia acompanhou o depoimento do soldado, na sede da Corregedoria da PM, na Pituba, ontem. O comandante teria confirmado a versão de Alvir, que esteve trabalhando durante os dias de greve.

A família do soldado está precupada e teme que uma injustiça seja cometida. “Ele nunca participou de nada da Associação. Todos sabem disso. Agora, esperamos que a verdade seja dita e a Justiça feita para que ele não pague por um ato que não cometeu”, avaliaram familiares, em entrevista ao Política Hoje

Marcos Russo

 

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *