A Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada (UPAE) de Petrolina (PE), seguindo orientações estabelecidas pela Secretária Estadual de Saúde de Pernambuco (SES/PE), realizou na última semana um treinamento com seus funcionários para simular as medidas adotadas em resposta a um possível caso suspeito de ebola na unidade. Por se tratar da principal porta de entrada do SUS na procura por situações de emergência, a UPA apresentou à cerca de 230 profissionais, das mais diversas funções, o protocolo de atendimento garantindo assim, uma assistência segura e qualificada numa suposta ocasião.
Segundo o gerente da Comissão de Gerência de Risco da UPA, Samuel Oliveira, o treinamento tem o objetivo de disseminar as informações, desde a identificação do caso suspeito, atendimento inicial, isolamento e transferência do paciente da unidade. “A estratégia visa garantir o entendimento do papel de cada profissional no processo de funcionamento dos serviços diante de uma suspeita de Ebola. Além da explanação do protocolo, foi criada uma equipe de referência especializada, presente em todos os turnos, para prestar assistência direta ao paciente e estabelecer as precauções necessárias de assistência e informação aos órgãos superiores de Saúde”, esclareceu.
Além da apresentação do protocolo, uma equipe formada por quatro médicos, quatro enfermeiros e 12 agentes de higienização foram capacitados para a forma correta de realizar a paramentação e desparamentação do traje especial utilizado neste tipo de atendimento.
A SES orienta que a assistência a um caso suspeito de Ebola nas UPAs deve ser norteada na observação do paciente e sendo evitado qualquer tipo de procedimento, com o objetivo de minimizar a propagação do vírus e o risco de contaminação dos profissionais. “A SES orienta também, que a observação deverá ser feita por no máximo dois profissionais de saúde, preferencialmente por um médico e por um enfermeiro, até a remoção do paciente da unidade que deverá ser realizada pelo SAMU até o aeroporto”, explica Samuel.
A transferência do paciente é realizada por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para uma unidade hospitalar de referência. “O Hospital Osvaldo Cruz em Recife (PE) ou o Instituto Evandro Chagas no Rio de Janeiro (RJ) são referência nacional em doenças infecto contagiosas. Todo o processo será coordenado pelo Ministério da Saúde (MS) e pela SES e estima-se que o tempo para remoção do paciente da UPA 24hs seja em média de três horas”, finalizou Samuel.