GOVERNO FEDERAL NÃO PAGA EMPRETEIRAS E OBRAS DA BR 235 ESTÃO PARALISADAS

Thalita Bezerra/Ação Popular

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As obras de construção da pavimentação asfáltica da BR 235, que liga o município de Uauá ao Distrito de Pinhões, em Juazeiro, estão paralisadas. De acordo informações levantadas pela reportagem do AP que foi até o local, há mais de 3 meses as empresas terceirizadas que prestam serviços estão sem receber, e agora decidiram demitir os funcionários porque não tem previsão de recebimento. As alegações são falta de repasses por parte do Governo Governo Federal.

No dia 24 de setembro o prefeito Issac Carvalho (PCdoB) visitou o canteiro de obras no trecho de Pinhões à sede do município de Juazeiro quando foi recebido por um  representante do Consórcio responsável pela obra, o engenheiro Júnior Serra, que garantiu o inicio da pavimentação asfáltica até meados de outubro. “O recurso já está garantido e tudo está transcorrendo dentro do cronograma estabelecido. Por isso a expectativa é de em outubro entrarmos com o asfalto e até dezembro entregarmos a conclusão dos primeiros 25 km, que compreendem este trecho dentro da sede de Juazeiro até a localidade de Lagoa do Boi”, ressaltou o engenheiro na época. Mas devido a falta de repasses a empresa pode suspender os trabalhos a qualquer momento.

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A reportagem do AP esteve no trecho de Uauá à Caldeirão da Serra e encontrou o local abandonado

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Os serviços foram abandonados

Por sua vez, o ministro dos Transportes,  Paulo Sérgio de Oliveira e o superintendente do DNIT na Bahia, Amauri de Souza Lima, em visita à Juazeiro e ao canteiro de obras no dia 30 de setembro afirmou que os recursos estavam assegurados e cobrou agilidade nos trabalhos das empresas vencedoras da licitação – de Uauá à Pinhões, e de Pinhões à Juazeiro.

Governo faz chantagem e jogo sujo com os empreiteiros

Segundo nota emitida pelo PSDB, qualificou como “chantagem” a pressão que ministros do governo Dilma Rousseff estão fazendo contra empreiteiras que estão com valores a receber do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).   Segundo o partido, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, e a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, pediram às construtoras que elas conseguissem apoio no Congresso para aprovar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) que permite ao governo não ter superavit fiscal em 2014. O Dnit já deve R$ 1,4 bilhão às companhias que pararam de receber em outubro.

“Os ministros do governo Dilma preferem, no entanto, apostar na articulação entre a necessidade de muitos e o vício de alguns: o poder de convencimento de empreiteiros ameaçados do calote e parlamentares às voltas com o fechamento das contas de campanha”, diz a carta assinada pelo líder do partido no Senado Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e pelo líder do partido na Câmara, Antônio Imbassahy (PSDB-BA).

A carta, dirigida às empreiteiras, afirma ainda que a mudança na LDO não resolverá o problema fiscal do país e que a iniciativa “aumenta o descrédito com que foram recebidos os anunciados propósitos do governo de emendar-se, evitando novas estripulias, cujas consequências todos nós conhecemos: inflação alta, economia estagnada, juros estratosféricos”.

Um dos exemplos criminoso praticado pelo governo

Mesmo diante das denúncias do esquema criminoso que está sendo denunciado pela Operação Lava Ajato que ocasionou em um prejuízo à Petrobrás em mais de R$ 23 bilhões, o Governo da Presidente Dilma Rousseff continua afrontando a população e a justiça.   Ao menos dois dos executivos de empreiteiras presos e ouvidos pela Polícia Federal nos últimos dias afirmaram que suas companhias eram alvo de extorsão por parte da quadrilha investigada no âmbito da Operação Lava Jato. Erton Medeiros Fonseca, diretor presidente de Engenharia Industrial da Galvão Engenharia, disse que aceitou pagar propina após ser ameaçado. De acordo com Fonseca, Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, e o doleiro Alberto Youssef afirmaram que, se a construtora não pagasse propina (que seria direcionada ao PP, partido para o qual atuavam), poderia ser punida com a suspensão de pagamentos por obras já encerradas.

Com informações do Folha Press

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