Na manhã de 24, durante o lançamento do programa de Coleta Seletiva, o prefeito de Petrolina, Julio Lossio, anunciou que a cidade terá uma usina de biomassas. A estrutura que será instalado na Agrovila Massangano, nasce em função da necessidade do reaproveitamento de restos, como a palha e casca de coco, galhos provenientes de podas e do lixo produzido nas residências.
Com o investimento em torno de 1 milhão e 200 mil reais, conseguidos através do Ministério do Meio Ambiente, a usina será responsável pela produção de briquetes, um biocombustível sólido, em forma de lenha, oriundo de um processo de fabricação feito a partir da compactação de resíduos lignocelulósicos, como bagaço de cana e coco, sob pressão e temperatura elevadas. Com essa lenha não-poluente, o município estará contribuindo para que menos árvores sejam derrubadas, ajudando na preservação do meio ambiente.
A matéria-prima para a confecção dos briquetes virá do material recolhido pelo programa de coleta seletiva. “O programa de reciclagem vai contribuir direta ou indiretamente com a usina de biomassas. Durante a separação desses resíduos, os produtos que forem utilizados na biomassa irão para lá”, relatou a secretária de Planejamento e Urbanismo, Marlize Mainardes, revelando que também haverá recolhimento de materiais em locais que tenham esses resíduo, como bares e empresas agrícolas.
Todas as pessoas envolvidas no recolhimento e na produção do biocombustível serão capacitadas pela Prefeitura.
A usina de biomassas ocupará um espaço de aproximadamente dois hectares, onde será construído um pavilhão com área administrativa e de produção. Todo o biocombustível feito na usina será comercializado, a princípio para o mercado local e o excedente será vendido para as empresas de fora. “O objetivo é fazer com que todas as empresas que utilizam o carvão na produção de energia, passem a utilizar o briquete”, explicou a secretária Marlize Mainardes.
A Prefeitura acompanhará todo o processo de instalação e dará total apoio durante o funcionamento da usina, no entanto, a administração ficará por conta de uma organização não-governamental. “O papel da Prefeitura é conseguir os recursos, colocar a usina para funcionar e repassar para que a comunidade assuma”, observou a secretária, garantindo que todos os empregos gerados com a usina serão para os moradores da Agrovila Massangano.
Destaque – O projeto da usina de biomassas de Petrolina foi o primeiro a ser aprovado no Brasil, entre vários apresentados, que concorreram ao Fundo Clima, do Ministério do Meio Ambiente, superando universidades conceituadas no País, como a Universidade de São Paulo (Usp) e a Universidade de campinas (Unicamp).
(Emerson Rocha – Ascom Petrolina)