Diretor de Integração Social da Bahia visita Juazeiro


Discutir a implantação de ações de ressocialização no Conjunto Penal de Juazeiro. Este é o motivo da visita do Diretor de Integração Social da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia Hari Brust Filho, que está desde antes de ontem na cidade. Oportunamente num café da manhã para convidados, Brust Filho falou que a gestão do Governador Wagner transformou a superintendência da Secretaria de Justiça em uma Secretaria direta do Estado, comandada pelo Secretário Nestor Duarte, para prover melhorias na gestão e para a potencialização das ações de ressocialização dos 23 presídios do Estado Baiano.   

Brust elogiou o trabalho de Tadeu Serafim na direção do Conjunto Penal de Juazeiro com a execução de atividades de interação social nas comunidades do município, e reconhece a necessidade urgente da implantação de programas de ressocialização, principalmente pelo número excessivo de internos na unidade penitenciária. “É necessário potencializar essas ações, em que pese outros objetivos, até que sejam ampliadas as unidades no Estado para dar um arrefecimento no equilíbrio das unidades ”, disse.

No primeiro momento de sua visita a unidade, Brust propôs a observação direta na educação formal e informal, a instrução social, bem como a análise das ações voltadas às áreas de esporte, cultura e atividades laborativas, que incluem, segundo o diretor de Integração Social, “a captação de empresas  parceiras para o oferecimento de oportunidades de empregos  e cartas de empregos”, disse.  Brust também dispõe a possibilidade de implantação de uma Horta e uma Farmácia Viva, aproveitando o espaço físico da unidade. “O Conjunto Penal de Juazeiro já possui uma área que facilita a implantação de atividades de ressocialização”, frisou.

De acordo com Brust oportunizar a inserção no mercado de trabalho é o grande passo para a ressocialização do egresso. “Através da atividade laborativa é contemplado não só a revitalização dos valores com a ocupação diária de trabalho, mas o retorno financeiro poderá ser repartido com a família do interno”, pontua.

Brust ainda declara que a situação do Conjunto Penal de Juazeiro é relativamente atípica, diante da superlotação e a inexistência de mobilizações internas, rebeliões ou motins. “Além dos mutirões no sistema penitenciário promovidos pelo Conselho Nacional de Justiça, as ações particulares da unidade podem estar diminuindo esse quantitativo”, aponta.

De acordo com ele, as ações da secretaria não estão ligadas a qualquer iminência de ações dos internos e atribui o aumento considerável da população carcerária no município ao fechamento da cadeia pública, há cerca de dois anos. “Nosso objetivo maior é diminuir o retorno do sentenciado ao crime”, retoma a discussão sobre o planejamento da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização.


Por Mônia Ramos

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