Guardas Municipais de Juazeiro cruzam os braços

Em função da instauração de um Processo Administrativo Disciplinar citando Guardas Municipais de Juazeiro, a categoria resolveu cruzar os braços e protestar contra a atitude do poder executivo.
O processo coletivo alega que sete guardas se recusaram a cumprir escalas nos horários excepcionais, durante o carnaval de Juazeiro, em maio deste ano, forçando a paralisação da categoria. Um sinal de protesto, contra, segundo o presidente do Sinserp Cícero Sales, “a ação arbitrária do executivo municipal”.
Membros da Guarda Municipal estão acampados no Paço Municipal, desde ontem (25), na tentativa de serem recebidos pelo Prefeito Isaac Carvalho (PCdoB) ou pelo Procurador do município Carlos Luciano. “Não vamos ceder na base da pressão”, argumentou Cícero José, presidente da Guarda.
De acordo com Sales, os servidores da guarda tomaram conhecimento da instauração do processo através de publicação no Portal da Transparência Municipal, fato, que “constrangeu e expôs a categoria”, disse.
O processo administrativo investigará os guardas Wilson Antônio de Carvalho, Ismaildo Pereira de Carvalho, Josué da Silva Santos, Marcone da Silva Lima, Josilene da Silva Santos Lins, Severino de Ramos Júnior e Edson Conceição Ferreira Lima, porém o processo é coletivo, explica Sales.
O Poder Público justifica na portaria “que o dever legal que incumbe aos membros da Guarda Civil Municipal é o de colaborar na manutenção da ordem e da segurança pública, no efetivo exercício do poder de polícia administrativa, considerando que a recusa injustificada e coletiva de desempenhar os deveres consignados constitui-se em quebra de hierarquia e de disciplina que são a base institucional da corporação”.
Atualmente o município dispõe de 174 guardas municipais em atividade. “Esta é mais uma medida de perseguição do governo municipal ao trabalhador. Já que não foi colocada nenhuma falta no guarda durante a festa e porque desse processo agora. Não dá para entender”, questiona o presidente do Sinserp.
Na época, os guardas municipais de Juazeiro se mobilizaram e reivindicaram equipamentos de segurança e trabalho para montar a equipe na Avenida, durante o período de festa e argumentaram publicamente, em veículos de comunicação, que a categoria não dispunha de aparelhamentos para prestar e garantir a própria segurança nem do folião. “Não podíamos era ir para o percurso da festa sem nenhum equipamento de segurança. Nós não tínhamos como garantir a nossa, como iríamos garantir a segurança do folião. Por isso estamos exigindo a revogação dessa portaria”, disse Cícero José, salientando que “durante a campanha eleitoral o prefeito prometeu fazer da guarda um exemplo e lamentavelmente, até hoje os equipamentos e veículos que usamos foram adquiridos nas gestões anteriores”.

Por Mônia Ramos


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