A três meses da primeira partida da Copa do Mundo em Salvador, a cidade ainda não cumpriu três dos quatro itens da Matriz de Responsabilidades assinada entre os governos municipal, estadual e federal em 2010.

Quando Espanha e Holanda entrarem em campo, em 13 de junho, para reeditar a final do último Mundial, apenas a Fonte Nova estará 100%, enquanto obras no Aeroporto, Porto e de mobilidade urbana devem continuar com questões pendentes.

Segundo o titular da Secretaria Estadual da Copa (Secopa), Ney Campello, parte das obras no Aeroporto e no Porto ficará para ser concluída após o torneio, o que, para ele, não compromete o evento. “Se fôssemos avaliar a partir do dever do Estado, teríamos que avaliar positivamente: fomos um dos primeiros a entregar o estádio. Mas, no conjunto das intervenções, é evidente que há atrasos. As obras deveriam ficar prontas até a Copa, mas isso não ocorrerá”, admite.

O metrô, opção do governo para mobilidade que acabou tirando o BRT da matriz, fará a primeira operação assistida levando passageiros somente no dia do jogo, conforme foi anunciado inicialmente. Além disso, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado (Sedur) assumiu apenas duas obras de mobilidade para o Mundial: viadutos de acesso aos estacionamentos do estádio, já entregues, e rotas de acesso para pedestres, que ainda estão sendo licitadas.

Em vez de obras, o titular da Sedur, Manuel Ribeiro Filho, diz ter optado por investir em operação e apostar em outras intervenções, como as das avenidas Gal Costa e Pinto de Aguiar. “Teremos um plano operacional com estacionamentos e usaremos muito a parte de sinalização”, conta.