Mais de 649 cirurgias de catarata foram realizadas em Petrolina nos últimos meses

Procurando investir cada vez mais na saúde das pessoas, a Prefeitura Municipal de Petrolina, através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), vem realizando uma série de cirurgias de Catarata, com o intuito de corrigir a visão de quem necessita deste tipo de procedimento. Somente no período de novembro de 2010 a setembro deste ano, foram realizadas através da Fundação Banco de Olhos, mais de 649 cirurgias, retirando a catarata e implantando lentes intraoculares em pacientes que estavam aguardando na fila de espera do Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com a Secretária de Saúde do município, Lúcia Giesta, a iniciativa está sendo bastante incentivada a pedido do prefeito Julio Lossio, que também é oftalmologista. Através do convênio com o município, são realizadas mensalmente cerca de 40 cirurgias regulares, além dos procedimentos que contam com o apoio do Ministério da Saúde, através da Portaria Nº 1.919, de julho de 2010, que redefine a prestação de procedimentos cirúrgicos eletivos, entre eles, as de catarata. “Estamos trabalhando com empenho, investindo na saúde, cuidando das pessoas e com a parceria do SUS estamos conseguindo proporcionar mais este benefício para os pacientes que já estavam aguardando há algum tempo na fila de espera”, afirmou.


O oftalmologista Carlos Serrano explicou que a catarata não é uma doença, e sim uma condição do envelhecimento. “Nascemos com um cristalino, que é a lente do olho, que fica atrás da pupila e é capaz de aumentar o grau, focalizando assim a imagem. Acontece que, com a idade, essa lente vai perdendo a transparência, causando borramento. Em alguns casos o problema vai se agravando e pode chegar ao ponto do paciente não enxergar mais. E nós fazemos a interrupção deste processo, substituindo a lente natural que nasce com a gente, por uma lente artificial transparente, nova”, explicou.

Por tratar-se de uma patologia que faz parte do envelhecimento, não é possível definir uma data exata para o seu aparecimento, dependendo assim do organismo de cada pessoa. Entretanto, costuma surgir por volta dos 60 anos. A grande maioria dos pacientes atendidos estão entre 65 e 80 anos. Mas a opacificação pode ser precipitada por algum tipo de doença no olho como uma infecção, inflamação, por uma doença sistêmica, como o diabetes ou por patologias genéticas e reumáticas.

Em relação à cirurgia, o médico ressalta que não é um procedimento simples, é complexo, mas devido a frequência com que é feito torna-se prático. “O tempo aceitável para a realização de uma operação desse porte é em torno de 20 a 30 minutos. Mas em alguns casos levamos apenas de 13 a 15 minutos e o paciente já pode ir para casa”, declarou. Sobre o pós-operatório, o oftalmologista Carlos Serrano frisou que também vai de acordo com o tempo de recuperação de cada olho.

A agricultora Joana Darc externou o que estava sentindo ao ver a mãe, Antônia Costa, saindo do bloco cirúrgico. “Fomos bem atendidas por todos que fazem parte da equipe, a cirurgia foi realizada com sucesso e estou feliz porque agora ela vai poder enxergar, que era o que ela mais queria”, destacou. A senhora Joana Antônia Costa enfatizou que no começo estava um pouco nervosa, mas que tudo ocorreu bem. “Não doeu nada, a cirurgia foi rápida e agora tudo vai melhorar, vou poder ver melhor”, afirmou.

Maria Lúcia Pinheiros, filha da paciente Helena Pinheiros, de 78 anos, disse que percebeu que a mãe estava enxergando pouco, principalmente, durante a hora de ler. “Quando notamos o problema procuramos o médico que indicou a cirurgia, que hoje foi realizada com sucesso. Agora, muita coisa vai mudar. Só em ela enxergar bem, caminhar sozinha, voltar a fazer tudo o que ela fazia antes. Ela está muito feliz e mais ainda estou eu que acompanhei tudo”, relatou.

(Taisa Alencar – Ascom Petrolina/Foto)

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