PSB CONTINUA COM CARGOS NO GOVERNO FEDERAL

blogqsppt-e-psbMesmo depois de quatro meses que o PSB, do governador Eduardo Campos, decidiu romper com a presidente Dilma Rousseff (PT) com vistas à provável candidatura presidencial socialista, o vice-presidente do partido, Roberto Amaral, só deixou nesta sexta-feira (31) os cargos que ocupava no Governo Federal. As informações são da Folha de S. Paulo deste sábado (1º), que informa ainda que pelo menos outros dois indicados do PSB, incluindo Marcos Arraes de Alencar, tio de Campos, continuam em cargos subordinados ao governo petista.

Marcos é irmão de Ana Arraes, ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) e mãe de Campos. Ele atua como diretor administrativo e financeiro da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobras). Segundo a publicação, a remuneração do cargo que ele ocupa é de ao menos R$ 21 mil, segundo relatório da Hemobras relativo a 2012. A publicação afirma que ele não respondeu ao contato da reportagem.

A reportagem lembra que outro indicado pelo PSB que permanece com cargo no governo do PT é Luiz Gonzaga Paes Landim, superintendente da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), órgão subordinado ao Ministério da Integração Nacional, antes comandado por Fernando Bezerra Coelho (PSB).

Landim, que é ligado ao governador do Piauí, Wilson Martins, recebe salário bruto de R$ 12 mil. Sua assessoria afirmou que ele não foi localizado para comentar sua manutenção no cargo.

Em resposta à Folha de S. Paulo, o secretário de Imprensa de Pernambuco, Evaldo Costa, afirmou que Marcos Arraes já pediu demissão e aguarda ser substituído. E que em relação ao caso de Luiz Gonzaga a indicação é do diretório do PSB no Piauí.

A iniciativa do PSB de entregar os cargos no governo comandado por Dilma teve o objetivo de deixar o partido livre para construir a candidatura à Presidência de Campos. Na época do rompimento com o governo petista, além de Bezerra Coelho, Leônidas Cristino, ex-ministro dos Portos, também deixou o cargo.

O vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, ocupava os conselhos de administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Itaipu Binacional. Em outubro, o partido divulgou que ele havia pedido demissão. No entanto, sua exoneração, a pedido, só foi publicada no Diário Oficial desta sexta. Amaral, disse ter continuado trabalhando enquanto aguardava contato sobre a substituição. Do BNDES, ele recebeu pelo menos R$ 19 mil. A Itaipu não informa o salário dos conselheiros.

Questionado sobre a demora para sua saída ter sido confirmada, o vice-presidente do PSB afirmou não fazer “a menor ideia”. A publicação afirma ainda que a assessoria do Governo Dilma não havia respondido até a conclusão da edição.

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