Marcos é irmão de Ana Arraes, ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) e mãe de Campos. Ele atua como diretor administrativo e financeiro da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobras). Segundo a publicação, a remuneração do cargo que ele ocupa é de ao menos R$ 21 mil, segundo relatório da Hemobras relativo a 2012. A publicação afirma que ele não respondeu ao contato da reportagem.
A reportagem lembra que outro indicado pelo PSB que permanece com cargo no governo do PT é Luiz Gonzaga Paes Landim, superintendente da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), órgão subordinado ao Ministério da Integração Nacional, antes comandado por Fernando Bezerra Coelho (PSB).
Landim, que é ligado ao governador do Piauí, Wilson Martins, recebe salário bruto de R$ 12 mil. Sua assessoria afirmou que ele não foi localizado para comentar sua manutenção no cargo.
Em resposta à Folha de S. Paulo, o secretário de Imprensa de Pernambuco, Evaldo Costa, afirmou que Marcos Arraes já pediu demissão e aguarda ser substituído. E que em relação ao caso de Luiz Gonzaga a indicação é do diretório do PSB no Piauí.
A iniciativa do PSB de entregar os cargos no governo comandado por Dilma teve o objetivo de deixar o partido livre para construir a candidatura à Presidência de Campos. Na época do rompimento com o governo petista, além de Bezerra Coelho, Leônidas Cristino, ex-ministro dos Portos, também deixou o cargo.
O vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, ocupava os conselhos de administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Itaipu Binacional. Em outubro, o partido divulgou que ele havia pedido demissão. No entanto, sua exoneração, a pedido, só foi publicada no Diário Oficial desta sexta. Amaral, disse ter continuado trabalhando enquanto aguardava contato sobre a substituição. Do BNDES, ele recebeu pelo menos R$ 19 mil. A Itaipu não informa o salário dos conselheiros.
Questionado sobre a demora para sua saída ter sido confirmada, o vice-presidente do PSB afirmou não fazer “a menor ideia”. A publicação afirma ainda que a assessoria do Governo Dilma não havia respondido até a conclusão da edição.