O estudante Yuri Sanderson de 20 anos não tinha a menor ideia da encrenca em que estava se metendo ao criar um evento pelas redes sociais. Na semana passada ele convidou os amigos para participarem do “rolezinho” de Petrolina. O encontro foi marcado para o próximo dia 1 de fevereiro no shopping da cidade.
O movimento que se espalhou pelo país surgiu em são Paulo em resposta a proibição de bailes funk nas ruas da capital paulista. Segundo Yuri, o encontro em Petrolina, não tem outro objetivo senão o de se divertir com os amigos. Mas não é o que acha a polícia.
Na manhã de hoje (20), Yuri recebeu uma intimação logo após conceder entrevista a imprensa. Ele foi levado para a delegacia do centro de Petrolina para explicar as enquetes que criou em sua pagina que incitam a violência e dão um caráter menos inocente ao “rolezinho” de Petrolina.
As enquetes perguntam o que os participantes pretendem fazer durante o encontro e dá opções como prática de roubo, sexo, consumo de drogas e briga com seguranças. Segundo o delegado Lamartine Fontes, que supervisiona as delegacias do sertão, a preocupação da polícia é para que o “rolezinho” não termine em confusão e violência como já foi visto em outras cidades do pais.
“nós não somos contra o rolezinho se a juventude quer ir lar, saudavelmente , se divertir, claro que eles podem fazer isso, mas ir lá pra trocar socos, fazer arruaça, como já aconteceu em Petrolina em que gangs marcavam pela internet para confrontos no shopping isso a gente não vai permitir porque pessoas inocentes transitam naquele lugar e podem ser vítimas de ações criminosas”, declarou o delegado.
Mesmo antes de receber a intimação da polícia o estudante já considerava a possibilidade de cancelar o “rolezinho” temendo arcar com as responsabilidades do que vier a acontecer nesse encontro polêmico.
Por Rinaldo Lima