A VIII Reunião do Conselho Estadual das Cidades – ConCidades/PE foi encerrada na última sexta-feira (23), no Hotel Grande Rio, em Petrolina. O final do encontro foi marcado por uma avaliação da sua realização no município e uma discussão sobre políticas de habitação e saneamento ambiental. A Prefeitura Municipal esteve representada no evento pelo Superintendente de Habitação da Secretaria de Planejamento e Urbanismo de Petrolina, Edinaldo Lima, seu técnico social, Tadeu Plínio, e pela diretora de controle urbano da Secretaria de Ordem Pública, Rosemere Ferreira de Sá, os dois últimos também membros do Conselho.
“Pela primeira vez em sua história, Petrolina teve a honra de receber uma reunião do ConCidades. Vivemos nesses três dias um momento importante, no qual tivemos a oportunidade de apresentar o modelo e os desafios da política de habitação e de regularização fundiária desenvolvida pela gestão Julio Lossio, tanto na captação de recursos, como na execução dos projetos”, destacou o superintendente Edinaldo Lima. As experiências apresentadas despertaram o interesse dos conselheiros, especialmente, no que diz respeito à condução do programa Operações Coletivas, que enfrenta problemas em todo o Estado.
Para o conselheiro Marcos Cosme, que além de membro do ConCidades/PE, também é representante pernambucano no Conselho Nacional das Cidades e dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, a Prefeitura de Petrolina está de parabéns por ter sensibilidade e ousadia para aproveitar o momento que o país está vivendo. “Todos os prefeitos que estavam atentos aproveitaram a oportunidade e se apropriaram dos recursos e dos programas do Governo Federal. De uma forma muito especial, o prefeito Julio Lossio, com todo um processo de articulação conseguiu um grande volume de recursos para fazer esse mega projeto habitacional, que todos os conselheiros puderam verificar numa excursão pela cidade”, avaliou.
Em sua participação na plenária de encerramento do evento, o superintendente também cobrou intervenção do Conselho, junto a COMPESA, no intuito de criar ações que melhorem a política de abastecimento de água e esgotamento sanitário, em Petrolina, que representam um entrave para os programas habitacionais. “No processo de construção de novas moradias, um dos maiores problemas encontrados por nós é a incapacidade da COMPESA de atender as novas habitações, visto que a empresa não consegue dar conta sequer da demanda que já existe”, afirmou Edinaldo Lima, convidando o Conselho a assumir essa preocupação junto com a Prefeitura de Petrolina e destacando a municipalização dos serviços como proposta do poder público para solucionar a questão.
A reivindicação foi abraçada pelos conselheiros, representantes de várias cidades do estado, que se identificam com a problemática vivida em Petrolina. “A gente pensa que a deficiência da COMPESA é apenas no nosso bairro, mas é um problema a nível estadual. Aqui em Petrolina a situação é um horror. Pertinho do rio São Francisco e as pessoas carregando água em lata, como nós vimos no vídeo apresentado pelo companheiro Rosalvo Antônio. A COMPESA não tem compromisso com o usuário. Se o município obtiver a responsabilidade pelo abastecimento de água e o serviço de esgoto, pelo menos a comunidade vai ter a quem cobrar”, desabafou a conselheira Neide Santana, líder comunitária da Associação de Moradores do Bairro Iputinga, Recife.
Na reunião, os conselheiros ainda discutiram caminhos para solucionar o problema da ocupação do Belo Jardim, através de uma parceria do município com o governo do Estado, e escolheram a cidade de São Lourenço da Mata, para sediar a próxima reunião itinerante do ConCidades/PE. (Eneida Trindade – Ascom Petrolina)