Começou a primeira etapa do curso de Educação Popular em Saúde para os agentes de endemias (ACE) e agentes comunitários de saúde (ACS) de Juazeiro e região, na Escola de Formação de Professores do município (EFEJ). A próxima etapa acontece na quarta-feira dia 04.
O curso é uma realização do Ministério da Saúde e Secretaria de Saúde da Bahia (SESAB) em parceria com a Secretaria de Saúde de Juazeiro (SESAU) e visa formar as equipes de Atenção Básica em Saúde em relação às práticas educativas, de mobilização social, promoção da saúde e promoção da equidade, tendo como referencial político-pedagógico a Educação Popular em Saúde.
Durante a abertura do curso e representando o secretário de saúde, Cássio Garcia, a diretora de Humanização, Luciana Florintino, explicou a importância da iniciativa para fortalecer a saúde no município e na região. “A Educação Popular em Saúde se tornou oficialmente, através de Lei, numa política nacional que fomenta práticas educativas populares para prevenção de doenças e promoção à saúde, além de ser um incentivo a participação popular no Sistema Público de Saúde (SUS).
O curso pretende aprimorar os conhecimentos e fortalecer o papel dos agentes, que são educadores e já desenvolvem várias ações na comunidade, além de inserir os profissionais em práticas de atuação junto aos usuários de forma efetiva e valorizando o saber popular e a cultura local. A Educação Popular é a base do SUS e deve ser valorizada, agregando novas informações e práticas em saúde”, ressaltou.
Representando os agentes comunitários de saúde e de endemias, o presidente do SINTASI, Jorge Brandão, também deu as boas vindas aos profissionais e parabenizou a presidente Dilma, o governo estadual e municipal pela oportunidade. “O momento é propicio para crescer profissionalmente e trocar experiências. Quem trabalha com a comunidade precisa saber mais, aprender novas coisas para aperfeiçoar os conhecimentos. É necessário trabalhar a prevenção e promoção à saúde de acordo com os costumes de cada comunidade. A ação também é importante para melhorar o currículo dos profissionais, dando a estes oportunidades também de reajuste salarial, segundo as regras do ministério da Saúde”, afirmou o sindicalista.
O curso tem como objetivo ampliar o diálogo com a comunidade, resgatando as raízes e a cultura de cada pessoa, destaca uma das facilitadoras em Educação Popular, Aldenisse de Souza . “O importante é levar beneficio para promover mais qualidade de vida para a população. É momento também de expandir o conceito popular, fortalecendo os cuidados através do saber tradicional e popular. Os agentes estão em contato com a comunidade, tornando-se referências, por essa razão eles podem inserir a população em espaços populares, até porque, falar em saúde e bem-estar é falar de cultura e relação social. O objetivo maior é repensar o sentido de saúde através da valorização da cultura”, informou.
A agente de saúde do São Geraldo, Joelma Sonita de Souza, está com boas expectativas. “O curso vai ajudar a categoria a aprender novas práticas para serem usadas diariamente, além de ser uma iniciativa de uma instituição séria como a FIOCRUZ”, disse.
“Estou muito feliz com a oportunidade. Quando eu vi no site a oferta do curso, nem pensei, porque sei que aqui receberei muitas informações válidas para melhorar meu desempenho no trabalho e atender com qualidade os usuários”, concluiu a agente de endemias, Márcia da Silva Félix.
A capacitação vai acontecer na EFEJ em três etapas. Nesta fase o curso acontecerá todas as quartas-feiras, também nos dias 04, 11 e 18 de dezembro, das 8h às 17h.
O curso em Educação Popular em Saúde é uma organização da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/FIOCRUZ), Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/FIOCRUZ), Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde (SGEP/MS), a Escola de Formação Técnica em Saúde Professor Jorge Novis (EFTS/BA) e o MobilizaSUS/Diretoria de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde (DGTES) da Superintendência de Recursos Humanos (SUPERH)/Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB).
Vânia Castro/Assessoria Sesau