Ueslei Marcelino/Reuters
Protocolada no STF no prazo limite, a última peça de defesa do grão-petê José Dirceu não faz jus à biografia do líder nato. Nas “alegações finais” que levaram aos autos do mensalão, os advogados de Dirceu contestam a acusação de que ele foi o “chefe da quadrilha.” Anotou-se na peça: “A prova judicial assegurou que José Dirceu se dedicava exclusivamente ao governo [Lula]…” “…Não comandava os atos dos dirigentes do PT, não tinha controle nem ciência das atividades de Delúbio Soares.” Juntando-se a defesa de Dirceu com a de Marcos Valério, chega-se a um quadro tisnado pela excentricidade: a corrupção acéfala, a máfia sem capo. Em seu derradeiro arrazoado de defesa, Valério estranhou a ausência de Lula no rol de acusados do mensalão. Agora, Dirceu alega que tampouco ele deveria constar dos autos. Na época em que estourou o escândalo, em 2005, Lula reivindicara para si o papel de cego atoleimado, o presidente que “não sabia”. Leia mais no Blog do Josias.