O Palácio do Planalto agiu para tentar amenizar, ontem, no último dia do 4º Congresso Nacional do PT, a eventual repercussão da decisão do partido de incorporar definitivamente à sua agenda a luta pela regulação da mídia no País – bandeira que tem rendido à legenda acusações de defesa da censura. A resolução política geral aprovada na véspera pelos petistas e emendada ontem mantém duros ataques à imprensa e faz a defesa da “democratização dos meios de comunicação de massa”, objeto até de uma das “convocações” do texto, que se refere a uma “conspiração midiática” que teria se aliado à oposição para tentar derrubar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No Planalto, a questão é vista como delicada: a presidente Dilma Rousseff pediu ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que tirasse do projeto sobre o assunto – confeccionado na gestão Lula, pelo então ministro Franklin Martins (Comunicação Social) – todos os termos que remetessem ao controle da imprensa.
(Da Agência Estado)