Os seis vereadores integrantes da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Juazeiro revezaram-se na cobrança por melhorias nos serviços de saúde pública na reunião desta sexta feira, realizada com a presença do Secretário Cassio Garcia.
Bené Marques (PSDB), citou a Unidade de Saúde de Itamotinga, que segundo ele “atende, mas não tem médicos 24 horas”, “falta material de curativo” e “final de semana não tem médico lá, tem pessoal que vem de faculdade”.
“A gente torce para Juazeiro. Quando a gente acerta é bom para todo mundo. É bom para o governo e é bom para os vereadores” – ressaltou Bené.
O Vereador Caffé reforçou as cobranças da Vereadora Neguinha da Santa Casa sobre o TFD. Para ele “não se pode ter um ônibus, daqui para Salvador sem banheiro”, destacando que “não existe coisa melhor que a Casa de Apoio em Salvador”.
Caffé falou dos postos de saúde: “O posto novo do Antônio Guilhermino” onde a ausência de vigilantes proporciona oportunidade de furtos e destruição do patrimônio, o que acontece em diversas outras unidades de saúde da cidade.
“No João Paulo II a comunidade está batendo palmas para o senhor” – disse Caffé, já que no bairro tem um médico das 17 às 22 horas, todos os dias, um médico que atende de segunda a quinta pela manhã e à tarde em visitas domiciliares. Quantas pessoas cheguem são atendidas”. “Está de parabéns”.
Em compensação criticou a situação da unidade dos Residenciais Praia do Rodeadouro e Vale do Salitre: “Tem um médico que não consegue atender a todos”. Ainda, segundo o relatório que o vereador elaborou nas comunidades que representa “há medicamentos, com regularidade e atendimento de odontólogos”. A queixa recorrente nestas unidades é a falta de marcação das guias de exames “no próprio posto” como existe em vários bairros” e elogiou a Unidade de Saúde do Antônio Guilhermino.
O vereador Dalmir Pedra centrou sua reivindicação na instalação do serviço de ortopedia para a UPA. Para ele já existem os equipamentos, há uma demanda crescente em razão do aumento do número de acidentes e um gasto excessivo nos hospitais credenciados e de referência no atendimento a pequenos acidentados.
Dalmir sugeriu ainda um estudo aprofundado na forma de pagamento à Pro Matre e a suporte e apoio de unidades particulares, como as existentes em Petrolina, as chamadas clinicas populares.
O Secretário Cássio Garcia, ao final da reunião que gerou um relatório com as reivindicações, sugestões, elogios e críticas, resumiu: “Nenhum destes problemas colocados aqui é surpresa para nós. O que temos de ver é que isso tudo por que estamos passando é reflexo de quanto a saúde de Juazeiro se desenvolveu nos últimos quatro anos. O que está claro e no debate nacional é o problema do financiamento”.
Ressaltando que os problemas se concentram em cinco unidades, “onde tem a maior demanda e déficit social crescente, quando temos 48 unidades funcionando”, portanto, não cabe generalizar os problemas, explicou a dificuldade de atender à demanda crescente, “não vou conseguir atacar estes problemas de vez” e propôs: “Vamos pegar o Estado, o Ministério, para trazer para cá, juntos” e discutir as dificuldades, os prontos críticos e colocar em prática as sugestões.
Ao final, analisando a reunião disse sentir-se satisfeito: “Uma reunião produtiva, já que estamos colocando na mesa os principais problemas e como tentar encontrar solução para resolvê-los. Não adianta só atacar, sabemos que existem problemas de complexa resolução nos quais precisamos de todos os atores envolvidos para resolver. Enfim, quem vier, para somar, para contribuir, para tentarmos em conjunto resolver, quem sai ganhando, no final de tudo, é o povo” e finalizou destacando a disposição de continuar a atender os vereadores “sempre, sempre, tanto no gabinete como aqui na Câmara”.
ASCOM