Presidiário vendia dinamite de dentro da penitenciária

 

Tá tudo dominado

dinamiteMesmo preso no Ceará, bandido vende e manda entregar dinamite em qualquer lugar do país: cada caixa, 3 mil reais

De onde sai a dinamite para explodir caixas eletrônicos? O excelente repórter Agostinho Teixeira, da Rádio Bandeirantes de São Paulo, identificou um dos caminhos: o presidiário conhecido como Bruno .50, que por celular comanda os negócios de uma cela na Casa de Custódia de Itaitinga, no Ceará. Ele envia dinamite tranquilamente para todo o país, por 3.000 reais a caixa com 400 bananas, e pagamento contra a entrega. 

O responsável pelos presídios do Ceará só se lamentou: não consegue evitar a entrega de celulares nas cadeias, nem seu uso. Tentou uma empresa chinesa para bloquear os sinais, não deu certo.

Traduzindo, o tal Bruno .50- nome alusivo a um calibre de metralhadora antiaérea – está no melhor dos mundos: tem casa, comida, roupa lavada, tudo por conta do governo; vive em segurança, protegido por nós de clientes que queiram eliminá-lo, sabe-se lá por que motivo; fatura seu dinheirinho sem despesas de infraestrutura. Talvez nem pague a conta do celular.

E quem deveria coibir suas atividades limita-se às reclamações. Mas, puxa, se o responsável não consegue, por um ou outro motivo, cumprir suas tarefas, que se afaste e deixe o lugar para outro. Só que demitir-se não ocorre a Sua Excelência.

Será tão difícil assim controlar as atividades dos presos? Os presídios americanos nada têm a nos ensinar? Como é que se carrega uma bateria de celular, se não há tomada nas celas? Ah, sim: pode-se ameaçar a família dos carcereiros, se eles não cumprirem determinadas tarefas. Em outros países, pelo menos nos mais desenvolvidos, as coisas não acontecem assim.

É que ali não está tudo dominado.

 

 

 

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