Os estudantes do curso de Engenharia de Computação da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) Anderson Matias, Jefferson Sá e Caique Mariano, acompanhados do treinador e professor Marcelo Linder, foram campeões da etapa regional da 18ª Maratona de Programação.
A competição, promovida pela Sociedade Brasileira de Computação em parceria com a Fundação Carlos Chagas, foi realizada no mês de setembro em Salvador (BA). A equipe intitulada “Fire’s Determination” está classificada para a final nacional que será realizada nos dias 8 e 9 de novembro, em Uberlândia (MG).
Outra equipe da Univasf, denominada “Vai que Cola” e composta por Thiago Oliveira, Luís Dias, Denisson Leal e Jackson Carvalho, também se destacou na etapa regional e ficou em 2º lugar na classificação.
O objetivo da maratona é incentivar os alunos a trabalhar em equipe, desenvolver a habilidade de resolver problemas sob pressão, exercitar a criatividade e, principalmente, buscar novas soluções em softwares. A Maratona de Programação é uma das etapas classificatórias para a final sul-americana da ACM International Collegiate Programming Contest (ICPC)
Durante a competição, as equipes devem resolver os problemas propostos de forma correta e no menor tempo possível. Cada problema tem graus de dificuldade diferentes e cada acerto corresponde a um balão de uma cor diferente que a equipe recebe no momento da conclusão. O grupo “Fire’s Determination” resolveu três questões em 190 minutos. O aluno Anderson Matias destacou que este resultado só foi possível graças ao trabalho desenvolvido em equipe.
Para o treinador Marcelo Linder, a competição é vantajosa não somente pelo fato de treinar alunos e professores para outros eventos da mesma linha, mas também porque a participação acaba sendo um diferencial no currículo do profissional. “Os aspectos trabalhados na maratona são os mesmos requeridos e apreciados pelo mercado de trabalho. Trabalhar em equipe e sob pressão é algo que será exigido e o aluno que já está preparado terá vantagem”, explicou o professor.
De acordo com os estudantes, a programação é uma área muito promissora, pois toda empresa precisa de um software para gerenciar os seus negócios. “As empresas não se preocupam apenas com a formação, querem conhecer a base do aluno, a experiência e qual a complexidade do trabalho que ele consegue realizar”, ressaltou Matias.
Caique concordou e acrescentou que outro diferencial que a maratona pode trazer é para a universidade, pois ao investir no aluno a instituição recebe prêmios como este. “O mercado regional também ganha, já que novas empresas podem se interessar pelos novos profissionais. Os programas de computador podem ser desenvolvidos para auxiliar diversos profissionais como engenheiros, médicos, contadores”, completou o estudante.
Tradição– A Univasf já tem tradição na participação deste evento. Desde 2009 alunos do curso de Engenharia de Computação competem na maratona. De acordo com o professor Marcelo Linder, na primeira participação os alunos não conseguiram ir para a final. Mas ele continuou estimulando as turmas a participar e se empenhar nas edições seguintes. “Em todas as outras edições, nossos estudantes foram para as finais”, disse o treinador.
Segundo Sergio Soares, integrante da primeira equipe da Univasf a participar da Maratona de Programação e que atualmente reside nos Estados Unidos, os empresários estão buscando os alunos proativos, porque acreditam que estes profissionais estão mais preparados para encarar os desafios de uma empresa. “Nas entrevistas de emprego que participei nos Estados Unidos me solicitaram que escrevesse algoritmos”, contou.
Pensando no futuro, mais alunos da instituição têm demonstrado interesse em participar da maratona, como o estudante Jefferson que se inseriu neste ano, através da seleção e já participará da final. “Eu me interessei em participar da seleção, primeiro porque já conhecia os outros integrantes e segundo pela oportunidade de participar de um evento deste porte”, finalizou.
Karine Nascimento