18 presos em operação contra fraudes no turismo são liberados pela PF

A Polícia Federal liberou nesta quarta-feira (10) 18 pessoas presas na Operação Voucher, após prestarem depoimento. A informação foi divulgada pelo Ministério Público Federal no Amapá no final da tarde de hoje. Todos os presos liberados hoje haviam sido alvo de prisão temporária. Outros 18 suspeitos, com prisão preventiva decretada, seguem detidos no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá, em Macapá. Segundo a procuradoria, os suspeitos estão presos para que não interfiram nas investigações. Deflagrada na terça-feira (8), a Operação Voucher prendeu um total de 36 pessoas, em São Paulo, Brasília, Curitiba e Macapá. Ao todo 38 mandados de prisão foram expedidos na ação que envolveu 200 policiais. Duas pessoas seguem foragidas. As investigações começaram em abril e apontaram possíveis irregularidades em um convênio de R$ 4,45 milhões firmado entre o Ministério do Turismo e o Ibrasi (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável). Entre os presos na operação estão o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Costa, e o ex-secretário-executivo da pasta, Mário Moyses, que continuam presos. O Ministério Público Federal no Amapá afirmou que a cúpula do Ministério do Turismo sabia do esquema. De acordo com a Procuradoria, as contratações com o Ibrasi foram feitas sem critério objetivo, de forma ilegal. Em busca à sede da ONG, em São Paulo, a Polícia Federal apreendeu R$ 610 mil em dinheiro. De acordo com um documento da investigação da Procuradoria, Mário Moysés direcionou o convênio para o Ibrasi, embora a falta de qualificação técnica fosse “facilmente perceptível”. A Procuradoria afirmou que Frederico Costa autorizou o pagamento de R$ 1,3 milhão à entidade com base em nota falsa de prestação de contas. O secretário nacional de Programas e Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, liberou R$ 900 mil, diz o documento. Uma servidora do ministério atuava como “verdadeira funcionária do Ibrasi”. Para o Ministério Público Federal, Kérima Silva Carvalho adulterou documentos do Ibrasi que já haviam sido entregues oficialmente ao ministério.

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