Giovana Alves –
Eduardo Bolsonaro critica o PL por papel em sua cassação

Durante uma live em seu canal do Youtube, Eduardo criticou a postura do próprio partido, o PL, no episódio e também reclamou de Hugo Motta pela negativa em aceitar que ele se tornasse líder da Minoria na Câmara após a deputada Caroline de Toni (PL-SC) renunciar ao posto, em setembro. “Eu sou estou sendo cassado porque o Hugo Motta, de uma maneira inédita, não aceitou que eu virasse líder da Minoria”, reclamou.
Na época, Motta alegou que o parlamentar não poderia exercer a função e o mandato estando fora do Brasil. Para Eduardo, a decisão não é correta. “Não é obrigação do presidente da Casa saber se eu estou nos EUA, no interior do meu estado, ou na minha cidade natal. É direito do líder não marcar presença”, afirma o filho de Jair Bolsonaro.
O ex-parlamentar também fez críticas ao primeiro suplente da Mesa Diretora da Câmara, o deputado Antônio Carlos Rodrigues (PL-SP), que assinou os dois atos que cassaram os mandatos de Eduardo e de Alexandre Ramagem (PL-SP). De acordo com ele, Antônio Carlos só assumiu a vaga na mesa por ter sido indicado muito tempo atrás pelo PL: “Poderia ter colocado pessoas muito mais honradas, mas, enfim, esse tipo de coisa acontece”.
Sobre a afirmação do líder do partido, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que a sigla irá avaliar internamente o que fazer com Antônio Carlos, Eduardo diz que seria muito bem-vinda a troca dessa suplência, caso seja possível.
“Se o PL não fizer isso, vai deteriorando essa questão do partido realmente ser de direita […]. Se o PL tiver poder para fazer algo e não fizer, outro partido vai preencher essa lacuna. Vamos ver como é que vai se desenrolar isso”, afirma Eduardo Bolsonaro.
Eduardo Bolsonaro também teceu criticas ao PL ao relembrar que, em agosto deste ano, a sigla segurou a expulsão de Antônio Carlos após o parlamentar elogiar o ministro do STF Alexandre de Moraes e criticar o presidente americano Donald Trump.
“Quando o PL não consegue riscar os chão, ele vai se transformando em qualquer coisa, menos em um partido político. Ele vai ficando com aquela cara de partido de Centrão, que coloca todo mundo ali dentro, não tem uma definição. Como é que você vai dizer que o partido luta pela liberdade quando um cara de dentro do partido vota para cassar um perseguido político?”, questionou o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).