Eclipse solar raríssimo fará dia virar noite por mais de 6 minutos
Fenômeno astronômico só voltará a se repetir daqui a 87 anos

O dia 2 de agosto de 2027 já tem lugar garantido na história da astronomia. Nesta data, milhões de pessoas ao redor do mundo poderão observar o eclipse solar total mais longo do século 21, capaz de transformar o dia em noite por até 6 minutos e 23 segundos. O fenômeno, que só voltará a ocorrer em 2114, será visível em diferentes continentes, mas não poderá ser visto do Brasil. As informações são do Portal ND+.
Trajeto do eclipse
A sombra da Lua percorrerá mais de 15 mil quilômetros, atravessando o Atlântico, Mediterrâneo, Oriente Médio e leste da África até desaparecer sobre o Oceano Índico. Entre os locais de destaque na rota estão:
- Espanha (Cádiz e Málaga): até 4 minutos de escuridão;
- Marrocos (Tânger e Tetuão): cerca de 4 minutos;
- Líbia (Benghazi): aproximadamente 5 minutos;
- Egito (40 km de Luxor): ponto máximo, com 6 minutos e 23 segundos de eclipse total;
- Arábia Saudita, Iêmen e Somália: também terão o fenômeno visível.
Uma versão parcial do eclipse poderá ser acompanhada em boa parte da Europa, norte e leste da África e oeste da Ásia.
Por que será o mais longo do século?
O alinhamento de três condições astronômicas raras explica a duração recorde:
- Lua no perigeu: estará mais próxima da Terra, projetando sombra maior;
- Terra no afélio: mais distante do Sol, que parecerá menor;
- Trajetória próxima ao equador: deslocamento mais lento da sombra.
Essa combinação quase perfeita garante a excepcionalidade do fenômeno.
Segurança na observação
Segundo a Nasa, nunca se deve olhar diretamente para o Sol sem proteção adequada. Óculos especiais para eclipse ou métodos indiretos, como projetores pinhole, são recomendados. O olho humano só pode estar desprotegido no período de totalidade, quando a Lua cobre completamente o Sol.
Quando será o maior eclipse da história?
Ainda mais longo que o de 2027, o eclipse total previsto para 16 de julho de 2186 deve durar 7 minutos e 29 segundos, sendo visível em países da América do Sul, como Colômbia, Venezuela e Guiana