ICMBio/Camile Lugarini –
Vírus letal ameaça ararinhas-azuis na Bahia
Em 2022, um grupo de ararinhas-azuis do Criadouro Científico para Fins Conservacionistas do Programa de Reintrodução da Ararinha-azul foi solto em Curaçá, terra natal da espécie. No local, existem 11 em vida livre. Além do recolhimento para testagem, foi determinado o reforço nas medidas de biossegurança, triagem dos animais em criadouro e descontaminação dos ninhos utilizados pela população de vida livre.
O instituto afirma que não há indício de ocorrência de circovírus em outra espécie de vida livre, exceto na própria ararinha-azul. O vírus não afeta galinhas, patos e outras aves de produção, além de não representar risco à saúde humana.
Ararinha-azul
As ararinhas-azuis (Cyanopsitta spixii) serviram de inspiração para personagens do filme ‘Rio’, a animação sucesso de bilheteria lançada em 2011. A espécie chegou a ser considerada extinta da natureza. Nos últimos anos, o trabalho de parceria entre o ICMBio e a Associação para a Conservação de Papagaios Ameaçados (ACTP) repatriou dezenas de aves para ajudar na conservação da espécie no Brasil.
Em 2023, após 37 anos, dois filhotes de ararinha-azul nasceram no município de Curaçá. A espécie é endêmica da região, o que significa que ocorre exclusivamente na cidade. O nascimento foi considerado um marco pelos pesquisadores responsáveis pela reintrodução das ararinhas-azuis no sertão baiano. A soltura de um novo grupo de ararinhas-azuis para a natureza, que estava prevista para julho, foi temporariamente suspensa devido aos registros do circovírus. Ainda não há prazo para o fim das medidas emergenciais.