Pix automático: entenda como funciona a novidade e quais são os alertas para se prevenir de golpes

  • Mesmo sendo um dos meios de pagamento mais usados, o Pix ainda é alvo de fraudes; empresas e instituições financeiras têm papel estratégico na criação de um ambiente digital mais seguro;
  • A Serasa Experian alerta sobre os cuidados necessários diante da nova modalidade deste método de pagamento

São Paulo, 23 de julho de 2025 – O “Pix Automático” é uma nova funcionalidade da modalidade, que permite pagamentos recorrentes a empresas, de forma programada e sem necessidade de autorização de cada transação. A traz praticidade para consumidores e agilidade para empresas, mas também acende um alerta sobre riscos de novidades, golpes e fraudes digitais. Segundo o Relatório de Identidade e Fraude 2025 da Serasa Experian, primeira e maior datatech do Brasil, o Pix já é um dos meios de pagamento online mais utilizados em compras online, sendo citado por 59,6% dos consumidores. Esse destaque também o torna um alvo recorrente de cibercriminosos.

Entre as fraudes já vivenciadas pelos consumidores, o “pagamento de boletos falsos ou transferências Pix indevidas” foi relatado como mais recorrente (32,8%). Já quando o assunto é medo de golpes, as fraudes com transferências via Pix preocupam 16,9% dos brasileiros, ficando para trás apenas do vazamento de dados pessoais e do uso indevido de cartões de crédito.

Com a chegada do Pix Automático, que funciona de forma semelhante ao subsídio automático tradicional, é importante redobrar a atenção. A autorização é feita uma única vez pelo usuário, diretamente no aplicativo bancário, e as cobranças ocorrem de maneira recorrente conforme as parâmetros definidas como valor, periodicidade e limites. Esse modelo pode ser explorado por golpistas, que utilizam técnicas de engenharia social para induzir ao aceite de cobranças falsas. Além disso, há risco de vazamento ou uso indevido de dados pessoais, especialmente em contextos em que o consumidor é levado a inserir informações confidenciais em sites ou aplicativos falsos.

Além da atenção dos consumidores, o combate às fraudes no Pix também depende da atuação direta das empresas e instituições financeiras. Cabe a elas a adoção de ferramentas de autenticação, verificação de identidade e monitoramento de transações para garantir a segurança. A exposição a golpes pode gerar não apenas prejuízos financeiros, mas também danos à negociação das marcas em um ambiente, cada vez mais sensível à confiança digital.

“A cada nova tecnologia, se faz necessária uma nova maneira de educar a população – por isso, a conveniência do Pix Automático vem acompanhada de um dever de atenção. Os usuários precisam estar atentos ao ambiente digital e às tentativas de fraude que evoluem junto com a tecnologia”, reforça o Head de Inovação e Projetos de Prevenção a Fraude, Marcelo Queiroz. “E as empresas, por sua vez, devem assumir um compromisso constante com a inovação em segurança digital, garantindo que novas funcionalidades sejam rompidas com protocolos que inibam ações fraudulentas desde o início”, completa.

Desde seu surgimento, o Pix segue como uma ferramenta essencial para a digitalização de pagamentos, o que exige educação digital e boas práticas de segurança por parte dos consumidores e responsabilidade compartilhada com os fornecedores de serviços financeiros. Abaixo, a Serasa Experian dicas separadas para o uso do Pix Automático com segurança:

  • Atenção à origem da cobrança: só autorize Pix Automático se tiver certeza absoluta sobre a identidade da empresa e da finalidade do pagamento.
  • Usando apenas o app oficial do seu banco para autorizações. Nunca clique em links recebidos por SMS, e-mail ou redes sociais.
  • Evitar ofertas com apelo emocional ou preços muito abaixo do mercado, pois são frequentemente usados para enganar consumidores e induzir ao cadastro em cobranças falsas.
  • Ative notificações em tempo real no aplicativo bancário para acompanhar cada transação.
  • Verifique regularmente seu extrato e revise autorizações de débito automático no aplicativo.
  • Em caso de cobrança indevida, utilize o Mecanismo Especial de Devolução (MED), previsto pelo Banco Central, para contestar transações via Pix o mais rápido possível.

Para as empresas, as recomendações são:

  • Implementar autenticação em múltiplos fatores para aprovações de transações recorrentes via Pix Automático, dificultando ações fraudulentas sem comprometer a fluidez e a experiência da jornada do cliente;
  • Educar os clientes sobre o funcionamento seguro do Pix Automático, com comunicações claras nos canais oficiais e tutoriais dentro do app;
  • Monitorar padrões de comportamento para identificar irregularidades no uso de autorizações de Pix recorrentes, como mudanças abruptas de valor ou periodicidade, usufruindo de soluções antifraude;
  • Utilização de inteligência de dados e machine learning para detecção de tentativas de fraude logo no início da jornada digital do cliente;
  • Criar fluxos de verificação de identidade mais rigorosos no momento da adesão ao Pix Automático, como reconhecimento biométrico e validação documental;
  • Ativar alertas em tempo real e notificações push sobre autorizações e cobranças automáticas, aumentando a transparência com o cliente;
  • Promover campanhas de conscientização sobre golpes comuns, como sites falsos e engenharia social, em dados comerciais de alta entrega;
  • Revisar constantemente as permissões e limites operacionais do Pix Automático, garantindo que estejam em linha com práticas seguras do setor

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