“Só mesmo do anseio da sociedade apropriada dessa temática, é que a gente pode vir a salvar esse bioma, que é o primeiro que desaparece nas simulações futuras da geografia do nordeste do Brasil”. Foi o que afirmou a coordenadora do Laboratório de Meteorologia de Pernambuco (LAMEPE), Dra Francis Lacerda, durante o Seminário Territorial sobre Mudanças Climáticas e Desertificação que aconteceu na manhã de ontem (31) no auditório do CAATINGA em Ouricuri (PE). O evento que teve como objetivo sensibilizar e discutir os processos de degradação ambiental, visando contribuir no enfrentamento das causas do aquecimento global e mudanças climáticas, reuniu mais de 100 pessoas entre estudantes, agricultores/as, representantes da sociedade civil organizada e parceiros.
“Quando foram colocadas as previsões das mudanças climáticas no semiárido e em todo o nordeste, pude perceber que esse é um tema muito abrangente e preocupante. Sabemos que existem os fenômenos naturais, mas a maior parte é através da ação humana e isso preocupa a sociedade em geral”, reflete a agricultora Selma Caldas, da comunidade de Riacho do Meio, Granito (PE).
Para o coordenador de Desenvolvimento Regional e Políticas Públicas do CAATINGA, Márcio Moura, o seminário proporcionou uma releitura do processo de mudanças climáticas na região. “A mobilização desse evento permitiu que a sociedade civil organizada dialogasse com órgãos do governo como a SEMAS e o LAMEPE, para a construção de ações educativas e de formação das famílias agricultoras e dos técnicos/as que prestam assessoria nos municípios do Araripe”, salienta.
O seminário foi realizado pelo CAATINGA com o apoio da Oxfam e Instituto HSBC Solidariedade e contou com a participação do Gerente Técnico da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (SEMAS), Carlos André Cavalcante, e do Coordenador Geral do Caatinga, Paulo Pedro de Carvalho. Na ocasião, também estiveram presentes membros da Fetape, Caatinga, Chapada, MST e MPA.
Elka Macedo
Assessoria de Comunicação – CAATINGA