Diário do Nordeste –
A primeira metade de fevereiro concentra eventos astronômicos como chuvas de meteoros e a Lua de Neve – a segunda fase cheia do satélite natural neste ano – despertando o olhar de amantes da astronomia e da população em geral. Com o início da quadra chuvosa, entre fevereiro e maio, algumas visualizações podem ser dificultadas nas noites nubladas.
O calendário astronômico foi elaborado a pedido do Diário do Nordeste pelo Laboratório de Ensino e Pesquisa em Astronomia (Lepa) do Observatório Astronômico Otto de Alencar na Universidade Estadual do Ceará (Uece).
A relação foi avaliada pelos membros Arthur Feitosa Moreira, Yarlei dos Santos Barbosa e Thacyla Oliveira Souza. Os eventos astronômicos foram analisados conforme a possibilidade de observação do céu a partir do Ceará.
O par celeste fica visível a partir de 18h08, atingindo o ponto mais alto no céu às 18h58, acima do horizonte norte. Apesar disso, a Lua e Júpiter vão aparentar estar próximos até pouco após a meia noite.
Mesmo com a conjunção, os dois ficam muito distantes para caber no campo de visão de um telescópio ou binóculo, mas são vistos a olho nu.
Chuva de meteoros Alfa Centaurídeas: 8 de fevereiro
A chuva de meteoros α-Centaurídeos, conhecida como Alfa Centaurídeas, está ativa desde o dia 28 de janeiro e segue gerando “riscos no céu” até o dia 21 de fevereiro. Mas é no dia 8 de fevereiro o pico da atividade de meteoros, quando é prevista uma taxa de 6 meteoros por hora, na constelação de Centaurus.
Conjunção Marte-Lua: 9 de fevereiro
A Lua e Marte compartilham a mesma ascensão reta, com a Lua passando ao norte de Marte. De Fortaleza, o par será visível por volta de 18h10, acima do horizonte nordeste. O ponto mais alto no céu acontece às 21h33, mas os dois corpos celestes são observáveis até por volta das 2h48.
O par fica afastado demais para caber no campo de visão de um telescópio, mas será visível a olho nu ou através de um par de binóculos.
Lua cheia (Lua de Neve): 12 de fevereiro
Nesta época do mês, a Lua fica visível por boa parte da noite, e recebe o nome “Lua da Neve” devido à tradição do hemisfério norte, onde há fortes nevascas, conforme o portal StarWalk. A Lua Cheia aparece na constelação Leão, perto da estrela brilhante Regulus.
Representação dos diferentes tamanhos da Lua cheia, de acordo com a perspectiva do observador
Vênus com maior brilho: 16 de fevereiro
O planeta atinge o maior brilho na aparição noturna de 2024–2025. De Fortaleza, a observação fica bem posicionada e proeminente, atingindo uma altitude máxima de 45° acima do horizonte ao pôr do sol em 28 de dezembro de 2024.
O brilho de Vênus depende de dois fatores: a proximidade com a Terra e a fase. A fase varia dependendo de sua posição em relação à Terra – quando passa entre a Terra e o Sol, por exemplo, o lado que está virado para a Terra fica totalmente sem iluminação, como uma Lua Nova.