As xilogravuras de J. Borges tiveram admiradores de peso, como o escritor Ariano Suassuna. A paixão do artista surgiu quando criança: J. Borges talhava madeira para fazer colheres de pau e brinquedos artesanais e vendê-los nas feiras de sua região. Foi também durante a infância que começou a vender livros de cordel – literatura à qual se dedicou com mais intensidade aos 21 anos.
O artista conquistou vários prêmios, como a comenda da Ordem do Mérito Cultural, o prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) na categoria Ação Educativa/Cultural e o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco.
Em 2018, o artista foi fonte de inspiração para documentários e para o desfile da escola de samba Acadêmicos da Rocinha, em 2018. J. Borges fez também exposições nos Estados Unidos, na França, na Alemanha, Suíça, Itália, Venezuela e Cuba.
Por meio das redes sociais, presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou a morte do artista. “Nos despedimos hoje de José Francisco Borges, o J. Borges, um dos maiores xilogravuristas do país. Autodidata, começou a trabalhar muito cedo no agreste pernambucano. Fiquei muito feliz de poder levar sua arte até o Papa. Meus sentimentos aos familiares, amigos e admiradores deste grande artista do nosso país”, escreveu.