Texto de Manuca é psicografado por Médium e gera grande repercussão

Marcel Mariano, espírita , assessor jurídico da 1ª Vara da Infância e Juventude da Comarca de Salvador (BA), bacharel em Direito e palestrante espírita internacional, atuando junto à Federação Espírita do Estado da Bahia, sendo atualmente trabalhador da Casa do Caminho em Salvador/BA,.

Domiciliado em nosso plano há quase sete anos, Emmanuel Gama de Sousa Almeida, mais conhecido entre os amigos como Manuca, apelido que adotou nas rodas literárias e nas composições de sabor sertanejo, se nos apresentou uma página de sua autoria, pedindo veiculação ao mundo que ficou para trás.

Nos pareceu um rascunho de poesia, um manuscrito musical e um libelo de emancipação dos grilhões de convenções que adotamos por diretrizes da vida, às vezes sem raciocinar sobre seu cativeiro sobre cada um de nós.

Atualmente mergulhado em profundos estudos acerca da trajetória evolutiva da criatura humana, tem buscado entender porque ainda nos mantemos distantes da prática do bem, adotando posturas que se nos ergueram muros de isolamento e intolerância, animosidade e indiferença.

Lemos com carinho sua missiva sonhadora e, acreditando que ela pode iluminar algumas vidas no rumo das saudáveis reflexões, aqui a transcrevemos na íntegra, rogando ao Divino Poeta da Esperança que a todos nós ilumine, nos transformando de sonhadores em executores de Sua Excelsa vontade.

Texto psicografado

Quem dera…
Os espinhos se convertessem em flores, perpetuando a primavera.
A lua não fosse só dos namorados, mas também daqueles que anseiam por alterarem a rota dos próprios passos.
A prece saísse da simples postura petitória e se fizesse gratidão permanente pelo dom da vida.
Que as folhas secas se fizessem tapetes nos jardins e nas ruas, pavimentando a rota de poetas e menestréis.
Que o pão não faltasse na mesa de pessoa alguma, e quando não houvesse mesa, que ninguém deitasse sem ele no estômago.
Que a água pura se fizesse acessível a todo mundo, extinguindo a sede e diminuindo o desespero.
Que a solidariedade não fosse uma palavra de treze letras, mas uma política de Estado e uma ação humana diária.
Que ninguém fosse privado da faculdade de pensar livremente.
Que inexistissem muros de pedra e cimento entre as casas, permitindo a implantação de flores e trepadeiras entre os vizinhos.
Que ninguém duvidasse mais da existência de Deus.
Que a bondade fosse espontânea, a gentileza se fizesse natural e o sorriso nunca saísse dos lábios.
Quem dera…
Sumissem os pesadelos e só tivéssemos sonhos bons.
Que pessoa alguma carregasse o medo como fardo da convivência.
Que a música fosse matéria curricular das escolas.
Que ninguém fosse excluído de opinar porque adote uma religião diferente da minha.
Houvesse menos presídios e mais escolas de tempo integral.
Filosofia nos bares, poesia nos teatros, ciência nas igrejas.
Que a medicina também cuidasse da alma que adoeceu, que o Direito trabalhasse pela consciência que se escravizou e que a justiça refletisse a Excelsa Misericórdia de Deus.
Que o delito penal fosse punido com a educação do trânsfuga, a violência recebesse aulas sobre a paz, a higiene também fosse da casa mental e que pessoa alguma tivesse receio de se revelar como realmente é diante do outro.
Quem dera…
Houvessem mais leitores nas praças e calçadas, conversa nas portas dos lares e abraços entre desconhecidos.
Que ninguém saísse de casa sem antes orar e retornando, agradecesse o dia vivido.
Que houvesse mais compromisso moral com as novas gerações, respeito integral aos idosos e amparo efetivo à mulher que se fez mãe solitária.
Que o parentesco espiritual fosse mais considerado que os laços de sangue.
Que todo estrangeiro seja tratado como se nativo fosse, se sentindo como se o país visitado fosse seu torrão natal.
Que ninguém deixasse de comer porque não tenha dinheiro para matar a fome.
Que se eliminasse o desperdício de qualquer coisa que pode ser útil a quem não tenha nada.
Que a mensagem de Jesus saísse das letras, das interpretações teológicas e virasse manual de conduta diária.
Quem dera, quem dera…
Quem dera eu não esteja simplesmente delirando, mas sim antevendo o porvir que já não tarda”.
Manuca
Salvador, 04.06.2024

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