Os inventores do novo produto tecnológico são os professores da Univasf Helinando Pequeno de Oliveira, Mateus Matiuzzi da Costa e Marcelo Reis dos Santos. O filtro foi decorrente da tese de doutorado de Santos que trabalhou com a atividade antibacteriana em polianilina e sua associação com materiais naturais, durante o curso do Programa de Doutorado em Biotecnologia – Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
O trabalho teve a colaboração de Mateus Matiuzzi e orientação de Helinando Pequeno de Oliveira, professor do Renorbio, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Materiais e do Colegiado de Engenharia Elétrica da Univasf. “A ideia foi produzir um filtro com o polímero condutor, plástico que conduz eletricidade, como princípio ativo filtrante, dado o seu poder antibacteriano. Com isso, a partir de um fluxo de solução pelo dispositivo se tem a retenção dos microorganismos nos poros do filtro, resultando em água descontaminada em sua saída”, conta Oliveira.
Protótipo do Filtro para Desinfecção de Água baseado em Espuma de Poliuretano/Nanotubo de Carbono/Polianilina |
O processo de criação da invenção é detalhado por Marcelo Santos, docente do Colegiado de Ciências da Natureza, Campus Senhor do Bonfim da Univasf. “Inicialmente realizamos o trabalho de preparação do elemento filtrante do nosso protótipo a partir da modificação química da esponja de poliuretano, usada comumente na lavagem de utensílios domésticos, aliada a polianilina, um polímero condutor e nanotubos de carbono. Como resultado, obtivemos uma esponja altamente porosa e com excelentes propriedades bactericidas”, explica Santos que está feliz com o resultado alcançado. “Foi com grande alegria e satisfação que recebi a notícia da concessão da quinta patente da instituição, o que nos dá motivação para continuarmos desenvolvendo pesquisas em prol da sociedade.”
Esta é quarta carta patente de Oliveira, a terceira pela Univasf, e o professor sente-se recompensado pelo trabalho desenvolvido. “Pelo longo processo que compreende o período entre depósito do pedido e a concessão da carta e todas as etapas de exigência que se dão neste intervalo, a sensação é de dever cumprido. Em especial nesta carta patente, que foi a primeira de nosso grupo que foi concedida sem exigências, o que é algo raríssimo”, afirma.
A diretora institucional de inovação do Núcleo de Inovação Tecnológica da Univasf Cátia Valéria Passos destaca a celeridade no processo de concessão da quinta patente da instituição. “Isto mostra o potencial dos nossos pesquisadores. São necessárias diversas análises pelo INPI até a concessão e essa patente não recebeu nenhuma exigência formal ou técnica, ou seja, após publicação do pedido em 2020, foi deferida agora em 2023”, diz Cátia.