MST deve desocupa terras da Embrapa em Petrolina

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O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) desocupaou as áreas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Petrolina (PE)esta amnhã e ocupou área próxima. O grupo recebeu uma notificação do mandado de reintegração da área de 46 hectares da Embrapa na última quinta-feira (20/4).
Em uma reunião entre representantes do MST, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), foi decidido que a condição para que houvesse a desocupação é que o governo crie assentamentos para 800 famílias, em regiões a serem indicadas para desapropriação nas cidades de Petrolina e Lagoa Grande, também em Pernambuco.
Já para as 200 famílias que se encontram nas terras da multinacional de celulose Suzano, de mais de 8 mil hectares, a desocupação deverá ocorrer até a próxima quinta-feira (27/4), após a negociação do grupo em encontro junto ao Incra, a Secretaria de Direitos Humanos do Espírito Santo, a Defensoria Pública e o MDA. A Suzano não quis participar da negociação. “Entendemos que o objetivo da ocupação da área é denunciar a apropriação da empresa das terras públicas para monocultivo de eucalipto foi cumprido até esse momento”, afirma o MST do estado em nota.
Na última quinta (20/4), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o movimento para debater a demanda de mais recursos para a reforma agrária. O MST defende que é necessário pelo menos R$ 1 bilhão para a aquisição de terras e o mesmo valor para crédito e assistência aos assentados. Atualmente, R$ 2,4 milhões estão previstos para a aquisição de terras e R$ 48 milhões para crédito e assistência.
O coordenador nacional do MST, João Paulo Rodrigues, afirma que Haddad pediu que as terras da Embrapa e da Suzano fossem desocupadas. “Temos um compromisso que nós vamos desocupar a área da Suzano, e também a área referente à Embrapa. Só estamos procurando um local para levar as famílias”, disse ele.
Segundo Rodrigues, o ministro se comprometeu a aumentar o orçamento voltado para assentamento de R$ 250 milhões para R$ 400 milhões. O coordenador do MST afirmou, ainda, que 5 milhões de hectares de devedores da União estão concentrados em menos de mil proprietários, com R$ 40 bi em dívidas com o estado, ao todo.

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