A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) deu detalhes, nesta quinta-feira (20), sobre duas operações de combate ao crime organizado e à corrupção realizadas contra suspeitos de fraudar concursos públicos. O grupo é suspeito de ter atuado nos concursos da Polícia Civil e da Polícia Militar de Pernambuco, ambos realizados no ano de 2016.
“O que a gente pretende, o resultado final, é compartilhar esse material com a corregedoria para que se possa fazer o procedimento administrativo para que assim a pessoa saia do serviço público, para que ela possa ser retirada do serviço público, mas precisa de todo o processamento administrativo necessário”, pontuou.
“Já foram identificadas algumas pessoas, mas a gente pretende ver se com o resultado desse trabalho, a gente identifica outras pessoas que possam ter utilizado essa organização criminosa. […] Elas ainda estão atuando e a gente vai informar isso para a corregedoria, pedir essa questão do afastamento se for necessário”, acrescentou.
De acordo com a delegada, o concurso não corre o risco de ser anulado. “Não houve a identificação de participação da banca organizadora com relação a isso. Então, a gente não verificou nenhuma participação, muito pelo contrário, a banca foi bastante cooperativa na investigação”, disse.
A delega destacou, ainda, que o grupo treinava os candidatos para que ingressassem no local de prova sem que os aparelhos utilizados fossem descobertos.
“A gente verifica realmente que eles utilizam de técnicas, treinamento inclusive, para entrar [no local do concurso] com o ponto eletrônico sem ser identificado pelo detector de mentais. Treinam as pessoas para que elas não sejam identificadas, para que a pessoa entre e não consiga ser detectada. Então, realmente, a gente verificou que a organização criminosa não tinha relação nenhuma com as bancas examinadoras e que o processo era feito todo sem o conhecimento das organizações ou mesmo dos órgãos operativos”, concluiu.