Julhão: “os músicos não têm a responsabilidade de se sindicalizar”

 

O músico juazeirense Julhão bateu um papo com o blogQSP.  Na conversa, o artista, que em 1982 foi um dos fundadores do Sindicato dos Músicos Profissionais da Bahia, questionou a falta de profissionalização dos músicos da cidade. Para Julhão os artistas da cidade ficam, na maioria da vez, atrelados a barzinhos sem ter outros espaços para se apresentar.  Segundo informações, hoje quem se apresenta nos bares de Juazeiro tem que tocar cerca de quatro horas por noite para ganhar entre 100 e 150 reais.

 

Defensor da categoria, Julhão afirma que “os músicos não têm a responsabilidade de se sindicalizar”.  Quando se sindicalizam, os músicos podem aderir ao “CulturaPrev”, um plano de previdência privada só para os artistas.  O plano, entre outros benefícios, da direito a empréstimos junto ao BNDES para que os associados possam comprar instrumentos e melhorar o seu trabalho.

Segundo Julhão, não existe nenhum músico sindicalizado em Juazeiro. “De vez em quando recebo alguns telefonemas, mas os músicos não têm a consciência de que devem se sindicalizar, pois só assim ele pode ser amparado. Porque quando o músico ficar velho vai morrer de fome!”, dispara.

 

MEIO AMBIENTE

 

A situação dos músicos de Juazeiro não é a única preocupação de Julhão.  O artista já plantou mais de 10 mil mudas do Ipê Roxo. Julhão considera como “absurdo” o extermínio dessa árvore pelo IBAMA para esteio de casas e mostra um dos benefícios da espécie para a saúde. “Foi descoberto que a casaca do Ipê Roxo cura o câncer do pulmão, foi confirmado por estudos científicos feitos por laboratórios americanos”, atesta.

 

O destino da mudas, segundo o artista, é distribuir em comunidades, como a do Salitre e Pinhões. “Quero chegar às comunidades e distribuir as mudas. Meu objetivo é reflorestar pelo menos uma pequena parte”, espera.

Texto: Emeson Rocha
 Foto: Farnésio Silva

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