Vereadora Anatélia se explica por recebimento indevido de salário do municipio

A vereadora Anatélia Porto respondeu a denúncia veiculada hoje (27) no programa Nossa Voz, onde foi apresentada uma cópia de ofício enviado por ela a Secretaria Municipal de Saúde. No documento lido pela apresentadora Neya Gonçalves, a parlamentar pedia o afastamento da função de psicóloga no município, que exercia enquanto era gestora da 8ª Gerência Regional de Saúde (GERES). Ela iniciou o mandato em janeiro de 2009, mas o pedido de desligamento ocorreu em julho do mesmo ano e recebeu o salário de psicóloga durante o período.

A vereadora alegou desconhecimento em relação a lei que proíbe um parlamentar de exercer dois cargos públicos ao mesmo tempo enquanto ele tem mandato, e relatou que continuou trabalhando como psicóloga e foi alertada pelo líder da situação na Câmara, Pérsio Antunes, sobre este fato. “Isso não baixará a minha cabeça. Não tenho postura para fazer atos ilícitos. Esse é um recado para o executivo ou para as pessoas que tentam denegrir a imagem de alguém que tem mais de vinte anos de vida pública. Essa falha não irá macular meu histórico de vida”, ressaltou.

Anatélia disse que existem outras pessoas que tiveram este problema, e que isso não chegou ao público. Ela reitaria que exerceu a função de psicóloga durante os seis primeiros meses de mandato.”Não extorqui dinheiro. Simplesmente me equivoquei e continuei trabalhando com uma cedência branca enquanto trabalhava na GERE”, disse.

A radialista Neya Gonçalves disse que há informações de um processo na justiça para que a vereadora devolva a quantia recebida, que é de 4 mil reais. Porém, de acordo com a parlamentar, a questão ainda não chegou ao executivo municipal. “Não recebi nada oficial do município. Não fiz errado conscientemente, se existe o erro, vou redimi-lo, mas nunca recebi um centavo sem trabalhar”, ressaltou.

Anatélia informou que foi a secretaria de saúde e tomou as medidas legais para o seu desligamento, e ainda teceu críticas ao valor pago aos psicólogos (500 reais). “O vínculo do município estava como cedência branca a 8ª GERES. Houve uma falha e não intenção de burlar, até porque o valor é uma coisa que envergonha a todos nós, servidores de Petrolina. Trabalhei e continuo trabalhando, atendendo como psicóloga aos funcionários do estado e a todos que precisarem dos meus serviços”, concluiu.

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