Ex-funcionário da Promatre é acusado de fraudar compras da clínica


 

blogQSP teve acesso ao Inquérito Policial nº 028/2011, movido pelo Hospital Pró Matre, de Juazeiro, no dia 14 de janeiro de 2011, contra o ex- funcionário do hospital, Carlos Petrônio da Silva  por crime de estelionato.  Carlos era o responsável pelo departamento de manutenção do lugar.  Segundo o documento, o acusado costumava solicitar aumento dos preços dos produtos que a Pró Matre comprava, com o objetivo de levar vantagens financeiras com a diferença nos valores.


A fraude foi descoberta quando o superintendente do Hospital, Pedro Borges Viana Filho, foi até o setor de contabilidade, perguntando sobre a nota fiscal referente a um pagamento com cheque da Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 972,00. O cheque, nominal a Marcos França Freire de Sá, proprietário da loja a Geladeira, já havia sido sacado na “boca do caixa”.  O superintendente foi até a loja em companhia de Franciclea Souza Lima, então responsável pelo setor de compras do hospital, e outras pessoas, oportunidade em que comprovou a atitude ílicita do ex funcionário.


 

No local, Pedro Borges Viana foi atendido por João Hernesto de Soares Rocha e sua esposa Jaciara Elvira. De acordo com Jaciara, mesmo tendo sido entregue a mercadoria solicitada por Carlos Petrônio da Silva, ela ainda não havia recebido nenhum pagamento referente às mercadorias entregues pelo estabelecimento.  De acordo com o documento, aproveitando a situação, João Hernesto informou várias irregularidades na emissão de notas fiscais solicitadas por Carlos Petrônio. Ainda segundo João, duas funcionárias já haviam sido demitidas por desobedecer à ordem não alterar os valores ou emitir notas fiscais sem uma compra real.

 

O Inquérito diz que Pedro Borges foi informado por Jaciara que o recibo com o carimbo e assinatura da loja eram falsificados e o mesmo foi entregue no setor financeiro da Pró Matre pela funcionária  Franciclea Souza Lima.

 

Em seu depoimento, Carlos Petrônio alegou não ter poder de compras de material do Hospital Pró Matre, contudo era o responsável pela solicitação do material a ser utilizado na manutenção do prédio, bem como na ampliação da rede, na área de oxigênio, ar comprimido e vácuo aspiração, inclusive negando ter pedido as funcionárias da empresa o superfaturamento de notas ficais.  Sobre os cheques, Carlos Petrônio disse ter entregue a Jaciara e João Hernesto como forma de pagamento das mercadorias adquiridas pelo hospital.

 

Com os depoimentos obtidos durante o processo, o delegado Nélio Ferreira Neves, responsável pelo caso, atribuiu a autoria do crime de estelionato à Franciclea Souza Lima e Carlos Petrônio da Silva, os quais utilizando das funções exercidas no setor de compras do hospital lesaram a financeiramente a instituição.  Os acusados foram indiciados e esperam a decisão da justiça.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *