Na avaliação dos dois, contudo, realizar negócios com os maiores rivais dos norte-americanos, a Rússia e a China, seria algo imoral – mesmo para quem estava pensando em entregar segredos de segurança nacional do país para uma nação estrangeira.
O casal teria chegado, então, à conclusão de que havia um país rico o suficiente, não hostil ao governo dos EUA e muito interessado na tecnologia em que tinham colocado as mãos: o Brasil.
De acordo com o New York Times, mensagens de texto reveladas no tribunal que investiga o caso do casal, revelam que os dois teriam mandado uma carta a uma agência não identificada da inteligência brasileira.
As autoridades brasileiras, contudo, não só decidiram rejeitar a compra das informações como imediatamente procuraram o adido do FBI no Brasil. A agência norte-americana decidiu então partir para uma operação destinada a pegar os espiões em flagrante. Colocaram uma pessoa se passando por um oficial brasileiro para fingir que o governo do país estava sim muito interessado em adquirir os segredos à venda.
Jonathan Toebbe teria eventualmente concordado em entregar documentos e oferecer assistência técnica ao programa da Marinha do Brasil, que sonha em criar o primeiro submarino nuclear do país.
Depois de alguns meses, o FBI prendeu, em outubro de 2021, Jonathan e Diana, que viviam em uma cidade a 40 km da capital americana, Washington. Em fevereiro deste ano, os dois se declararam culpados das acusações de espionagem. Ele pode pegar uma pena estimada em 17 anos de prisão; ela, de três.