Segundo os músicos, a canção teve uma pequena participação de Daniel, o que não daria ao atleta o direito de tirar o nome de Thiago e Giuliano da canção e acrescentar os nomes de Afonso Nigro, Milton Guedes e Maurício Monteiro.
A faixa foi cantada por Fábio Jr., Carlinhos Brown, Daniel, Nando Reis, Rogério Flausino, Roberta Miranda, Rodrigo Faro, Sandra de Sá e o espanhol Alejandro Sanz, na campanha contra a fake news durante a pandemia da Covid-19 da Organização das Nações Unidas, no final de 2020.
O jogador foi notificado extrajudicialmente pelos compositores, que exigem a reparação nos créditos da canção e a autoria reconhecida. Procurado pelo jornal ‘Estadão’, Daniel Alves não quis se pronunciar sobre o assunto.
Já Afonso Nigro, conhecido por ter participado do grupo ‘Dominó’, confirmou o recebimento da notificação extrajudicial e afirmou que precisou mexer muito na música para que ela pudesse entrar na campanha.
“Olhando de fora, aquilo me pareceu uma briga pessoal entre os dois (Giuliano e Daniel Alves). Interferimos bastante, a letra era ruim, era preciso colocá-la em uma métrica.”
A mesma resposta foi dada pelo saxofonista Milton Guedes, que disse ter se surpreendido com a notificação. Ele disse ter reescrito um terço da música.
“Eu fiquei surpreso, porque era uma canção que estava registrada. Recebi um áudio com a voz de Daniel Alves cantando a canção de forma bastante didática”.
Em resposta a toda a polêmica, a ONU alegou ao Estadão que a campanha está dentro da legalidade.
“Toda a documentação legal exigida foi entregue pelos autores. As verificações cabíveis foram feitas junto aos órgãos competentes. Se há uma disputa, as partes envolvidas (na disputa) devem ser consultadas”.