Bolsonaro reforça apoio à Copa América e pretende interferir na Seleção caso a equipe diga não à Competição

Na noite de sábado (5), o presidente Jair Bolsonaro participou de uma reunião do Conselho da Conmebol que teve o objetivo de discutir a realização da Copa América no Brasil, marcada para começar dia 13 de junho, ainda que sob protestos dos jogadores ad seleção.

Na reunião, o presidente transmitiu para a Conmebol a mensagem de que o governo do Brasil está pronto para colaborar na organização do torneio.

Antes da reunião, os capitães das dez seleções que vão jogar a Copa América foram sondados para participar do encontro, mas recusaram. Rogério Caboclo, presidente da CBF, participou da reunião como representante brasileiro.

Interferência

O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pretende interferir na Seleção Brasileira caso os jogadores se recusem a disputar à Copa América. A informação foi revelada pelo Correio Braziliense.

Os convocados estão de acordo em não disputar a competição e estão articulando com os capitães das demais seleções. A avaliação é que a medida seria um vexame para Bolsonaro após o presidente atuar para realização da Copa América no país.

O Planalto acredita que, mesmo com a negativa da atual Seleção, será possível convocar um novo time a tempo de participar do torneio e trocar Tite por um técnico mais favorável ao governo. Isso já estaria sendo negociado com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Uma possível interferência pelo Palácio do Planalto pode acarretar em punições ao Brasil pois a prática é vedada pela Fifa. Caso ocorra e seja comprovada, o país poderá ficar de fora da Copa do Mundo de 2022.

“Não podemos falar do assunto. Todo mundo já sabe do nosso posicionamento. Mais claro, impossível. O Tite deixou claro para todo mundo o que nós pensamos da Copa América. Existe respeito e hierarquias que respeitamos. Claro que queremos dar a nossa opinião, rolou muita coisa”, afirmou Casemiro após a vitória contra o Equador.

Da Redação, com informações GE