Policiais militares e membros das Forças Armadas podem pedir afastamento até o dia 26 de setembro, quando se encerram o prazo para registro das candidaturas. Em nível nacional, 1.039 policiais civis já confirmaram participação na campanha eleitoral deste ano. De acordo com a reportagem, o quantitativo supera 2016, quando foram 1.025.
Em 14 unidades da federação, o quantitativo é maior do que há quatro anos. A data para a maioria dos policiais civis se licenciar do cargo terminou no último dia 15. Para os delegados, o prazo já tinha vencido — é necessário se afastar seis meses antes da eleição para a disputa de vereador e quatro meses para prefeito ou vice.
Até o início do mês, diz a reportagem, 1.031 policiais militares em 12 unidades da federação deixaram as ruas para serem candidatos. A perspectiva é de que o número venha a subir por conta do prazo ainda não finalizado. Na eleição municipal anterior, 3.195 PMs foram candidatos.
No Rio, o número de PMs que deixaram a tropa chega a 354. Em 2016, foram 376. São Paulo não repassou os dados consolidados, mas O GLOBO identificou 365 afastamentos publicados em Diário Oficial de policiais militares que querem concorrer à eleição. Em 2016, haviam sido 441. Estados em que houve motins recentes, como Espírito Santo e Ceará, não disponibilizaram os dados totais.
Entre os membros das Forças Armadas, 40 integrantes do Exército, 15 da Aeronáutica e 10 da Marinha deixaram as funções para postularem um mandato eletivo. Na eleição passada, foram 123. As regras para o grupo são as mesmas dos PMs, e eles ainda mantêm o salário enquanto estão em campanha. Os militares da ativa têm regras específicas de participação e não podem ser filiados a partidos. O vínculo com as siglas se dá a partir da aprovação em convenção e vai até a data da eleição. Caso o militar tenha menos de dez anos de serviço, ele é obrigado a abrir mão da carreira para concorrer. Se tiver ultrapassado esse prazo, o militar pode retornar no dia seguinte à eleição, em caso de derrota.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou à reportagem que 104 agentes se licenciaram para concorrer. Já a Polícia Federal disse que os dados deveriam ser solicitados pela Lei de Acesso à Informação, cujo prazo mínimo de resposta é de 20 dias. Integrantes das polícias Civil, Federal e Rodoviária Federal podem retornar normalmente às corporações depois do pleito em caso de derrota e podem ser filiados a partidos políticos.