Criança é violentada pelo “Monstro” do João de Deus

 

Com apenas sete anos de idade, a criança estava só em casa, quando o seu padrasto, o agente de saúde Francisco Pedro das Neves Silva, conhecido como “Pedrão”, de 33 anos, chegou e a violentou. Ela teve o reto, o ânus, a vagina e o períneo – a parte entre o ânus e a vagina – rasgados, segundo informações da polícia. Sofrendo de sangramentos, a menina informou à mãe que, diante do fato, ao invés de denunciar, ficou medicando a filha com  paracetamol, até que vizinhos acionassem o Conselho Tutelar de Petrolina. Passados os dias sem os devidos cuidados, a criança já chegou com infecção e com secreções purulentas ao hospital.

 

 

O fato aconteceu no dia 22 do último mês de março, no bairro João de Deus, à tarde. O acusado era companheiro da mãe da criança. Na sexta-feira (25), o Conselho Tutelar registrou a denúncia como abuso sexual e no dia 26 a Delegacia da Mulher entrou no caso, constatou que havia ocorrido a violência contra a menor e, em menos de quatro dias, fechou a investigação e prendeu o Pedrão.

 

 “No domingo, dia 27, a criança foi socorrida na emergência do IMIP para fazer uma assepsia na vagina. Nos primeiros exames, o médico teve que fazer uma cirurgia para reconstruir o reto, o ânus, o períneo e a vagina da criança. Ele conseguiu rasgar a criança de tão violento que foi o crime”, explicou o comissário de polícia e chefe de investigação, Francisco Figuerôa. Diante das circunstâncias, a polícia conseguiu a preventiva e o encaminhou ao presídio.

 

 

O criminoso

 

Francisco Pedro tem cinco filhos e quatro companheiras e era ex-presidiário, segundo informações policiais. Ele fora preso há cerca de três anos por ter agredido a sua companheira e estava aguardando o julgamento em liberdade. “Ele disse que tinha ingerido bebida alcoólica e tinha tomado remédio controlado, o que não foi comprovado pela equipe da polícia”, disse o comissário.

 

Mesmo com a sua residência em frente ao posto de saúde do bairro e a menos de 100 metros da guarnição da Polícia Militar, a mãe não socorreu a criança. Agora, além de ter perdido a guarda da menor, ela vai responder processo por negligência e omissão de socorro. A criança continua internada e passará por mais uma cirurgia. Depois, será encaminhada à casa abrigo e ficará sob a tutela do Estado.

 

Participação da comunidade

 

De acordo com o comissário de polícia, Figuerôa, o caso foi solucionado graças ao apoio da comunidade, que teve a iniciativa de denunciar, haja vista que a mãe da vítima manteve-se calada.

 

Nestes casos, quando vizinhos, professores, parentes próximos ou outros perceberem que a criança está se isolando, ou notar algum movimento que remeta à violência, é importante que a população entre em contato com as autoridades. Para isso, são disponibilizados vários números, tais como o “Disque 100”, específico para este tipo de crime, ou para o 190, ambos gratuitos, além dos números do Conselho Tutelar (3862-9211) ou da Delegacia da Mulher em Petrolina (3866-6625). A identidade dos denunciantes é mantida em sigilo pela polícia.

 

Com informações do Diário da Região

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