“Gripezinha”: Bolsonaro e a Aliança do Avestruz

Por Carlos Brickmann

O Financial Times, um dos mais importantes jornais do mundo, listou os dirigentes internacionais que compartilham a tese da “gripezinha” defendida por Bolsonaro e se recusam a levar o coronavírus a sério: são Alexander Lukashenko, da Belarus; Daniel Ortega, da Nicarágua; e Gurbanguly Berdymukhamedov, do Turcomenistão.

Detalhe: Ortega, da Nicarágua, é de extrema esquerda, foi guerrilheiro apoiado por Cuba e é aliado de Lula.

Este grupo, Ortega, Lukashenko, Berdymukolamedov e Bolsonaro, é chamado pelo Financial Times de Aliança do Avestruz, baseado na lenda de que avestruzes enterram a cabeça na areia para não ver o perigo (o nome do grupo foi criado no Brasil, por um professor de Relações Internacionais da FGV – São Paulo, Oliver Stuenkel). De fato, avestruzes escondem a cabeça para não ser vistos, já que seu corpo é da cor do solo. Mas confirmam um antigo ditado português: “Quanto mais se abaixam, mais o rabo se lhes vê”.

Os portugueses não usam a palavra “rabo”, mas um sinônimo monossilábico.