O público que acompanhava o ato também virou de costas para o ministro enquanto ele falava
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi vaiado nesta quinta-feira, 6, durante sessão no plenário do Senado em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente. O público que acompanhava o ato também virou de costas para o ministro enquanto ele falava. As galerias estavam tomadas por ativistas ambientais, povos indígenas, representantes da sociedade civil, entre outros grupos.
Salles se recusou a ficar na sessão até o final, alegando que tinha outro compromisso, e deixou o plenário sob mais vaias e gritos de “fujão”.
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Salles foi vaiado pela primeira vez ao tentar, em discurso, justificar o que tem sido apontado como um “desmonte” na pasta.
Segundo ele, não houve enfraquecimento da fiscalização ambiental, e sim uma mudança de “gestão” buscando eficiência na aplicação de recursos. Na versão do ministro, o governo Jair Bolsonaro não “nega as condições climáticas”.
Ao terminar sua fala, o chefe do Ministério do Meio Ambiente foi vaiado novamente e decidiu ir se retirar do plenário. Líder da minoria no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ainda tentou convencê-lo a ficar e disse que estava ansioso para ouvir suas respostas. Na tribuna, Randolfe fez um discurso inflamado e criticou o representante do governo Bolsonaro diversas vezes, acusando-o de ter mentido.
A presidente da sessão solene, senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), pediu que o ministro ficasse por mais três minutos, mas não foi ouvida por Salles.
O ministro foi então novamente vaiado e ouviu gritos de “fujão!”.