Procurador diz que quem descumpre ordem judicial são os grevistas e pede prisão de sindicalistas


O clima continua quente entre a Prefeitura Municipal de Juazeiro e os servidores da saúde, que estão em greve há mais de dois meses. Primeiro, os grevistas pediram a prisão do secretário de saúde, Ubiratan Pedrosa, por, segundo nota enviada pelos líderes do movimento, descumprir a ordem judicial que garantia o pagamento dos salários dos integrantes do protesto. Hoje, em entrevista ao blogQSP, o Procurador  Geral do Município,  Carlos Luciano de Brito Santana revelou que também foi pedida a prisão de alguns dirigentes sindicais que encabeçam o movimento paredista,  também por descumprir ordens  da justiça. Segundo o procurado um dos motivos para o pedido de prisão dos sindicalistas é o não atendimento do número mínimo de funcionários trabalhando, exigidos pela justiça. “O juiz na liminar determinou primeiramente que 50% do quadro dos grevistas fossem mantidos em atividade, porque a saúde é uma atividade essencial e a população não pode ser atingida em função desse movimento. Os 48 servidores que estão em greve continuam em greve, nenhum deles retornou as atividades durante esse período”, acusa.

 

Outra infração dos grevistas, de acordo com o procurador Carlos Luciano, é não obedecer à distância mínima de 300 metros dos prédios públicos. “Eles estão bem próximos, inclusive faltando com respeito aos servidores da prefeitura, com o próprio chefe do poder executivo (prefeito), tecendo palavras de baixo calão, impossibilitando, às vezes, até de trabalhar. Isso é falta de educação”, dispara.

 

 

Quanto ao pedido de prisão do secretário Ubiratan Pedrosa, feito pelos servidores, o procurador é taxativo. “Eles estão tentando justificar o injustificável solicitando absurdamente a prisão do secretário que está nada mais, nada menos que cumprindo a lei de não pagamento daqueles que não trabalham”, afirma.

 

A procuradoria do município já entrou em contato com o cartório judicial da fazenda pública de Juazeiro e com o juiz, solicitando o julgamento antecipado da ação que envolve a greve, isso em função da ausência dos líderes do movimento para responder na justiça aos motivos da prefeitura em considerar a greve ilegal. “Provavelmente agora na próxima terça-feira nós iremos ao juiz para solicitar que seja feito o julgamento imediato”, conclui.  

 

Confira a íntegra da entrevista do procurador geral do município, Carlos Luciano de Brito Santana, na próxima segunda-feira, às 7 da manhã, no programa Bastidores da Cidade, Rádio Tropical Sat.

Texto: Emerson Rocha

Foto: Farnésio Silva

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