POLÍCIA FEDERAL VAI A CASA NOVA A PROCURA DE DADOS SOBRE WILSON COTA

A Polícia Federal, com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), esteve nas primeiras horas desta manhã (21), na Prefeitura de Casa Nova buscando dados com relação a gestão do ex-prefeito Wilson Cota (PT), o que desrespeitam as precatórias do ano de 2015 e 2016 no valor de R$ 92 milhões, ocasião Wilson prefeito.

A Justiça determinou o bloqueio de R$ 38 milhões em valores e bens pertencentes aos investigados de um esquema criminoso de fraude a licitações, superfaturamento, desvio de recursos públicos, corrupção ativa e passiva e lavagem de ativos envolvendo a contratação do serviço de transporte escolar nos municípios de Salvador, Alagoinhas, Casa Nova, Conde, Ipirá, Jequié e Pilão Arcado, todos na Bahia.

Sendo esse o valor do superfaturamento e do desvio apurado em auditorias realizadas pela CGU em apenas dois dos municípios investigados, Alagoinhas e Casa Nova. Conforme constatado durante as investigações, iniciadas em 2017, as licitações eram direcionadas para beneficiar um grupo de empresas pertencentes ao mesmo empresário, que terceirizava integralmente a execução dos contratos para motoristas locais a preços inferiores, apropriando-se da diferença, que lhe rendia cerca de R$ 300 mil.

O assessor da Prefeitura Municipal de Casa Nova, Roninho, em entrevista ao Programa Bastidores da Notícia esclareceu os fatos e afirmou que a visita da PF e da CGU não tem nada haver com a gestão do atual prefeito Wilker Torres. “Eles estão atrás de informações da gestão anterior. Além disso, estão buscando também informação do ex-presidente da Câmara José Eduardo tinha empresa de locação de ônibus na época”, contou.

De acordo com as investigações, um grupo de pessoas, incluindo empresários, servidores municipais, gestores e ex-gestores, atuava, desde 2009, no direcionamento de licitações de transporte escolar para empresas de fachada, constituídas em nome de “laranjas”. Os editais dos certames eram elaborados para afastar concorrentes, mediante a inclusão de cláusulas restritivas (idênticas, mesmo que em localidades diferentes). O esquema incluía, também, a desclassificação de outras licitantes que tentavam participar dos pregões.

Parte desse valor era utilizado para pagamento de propina aos servidores públicos envolvidos no esquema. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, e têm por objetivo localizar e apreender provas complementares dos desvios nas contratações públicas, do pagamento de propinas e da lavagem de dinheiro.

Da Redação/Com informações Bahia Notícias