DIRETOR DA AUTARQUIA MUNICIPAL DE ABASTECIMENTO, MITONHO VARGAS, COMENTA FECHAMENTO DO MERCADO DO PRODUTOR POR FALTA DE HORTIFRUTIGRANGEIROS

O diretor executivo da AMA Mitonho Vargas, participou do Programa Bastidores da Notícias e informou à população que devido à paralisação dos caminhoneiros o mercado do produtor não registrou a entrada de mercadorias desde o dia 24 de maio. De acordo com ele, os protestos nas estradas que dão acesso ao município provocaram desabastecimento e alta de preços na Ceasa.

Ele informou também que atualmente o Ceasa costuma receber em torno de 200 a 250 caminhões por dia e devido à paralisação houve uma queda de 97% na entrada dos caminhões.  “Grande parte dos produtos vem de outros estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, e os caminhões estão presos nas rodovias afetando na mercadoria do Mercado do Produtor de Juazeiro. As vendas de hortifrutigranjeiros do Ceasas do Piauí e Ceará, cerca de 80% saem do nosso entreposto. Tudo isso trará em pouco tempo consequências de ajustes de preços e prejuízos inestimáveis de nossa produção e comercialização”.

Por outro lado, o diretor disse que mesmo com todos os prejuízos, a greve foi importante. “Sabemos que os prejuízos são enormes, mas queremos frisar aqui que não somos contra a paralização, sabemos que os caminhoneiros estão lutando por dias melhores e temos a certeza que em breve tudo se normalizará. É um momento e em breve tudo vai passar. Em outros países os combustíveis são vendidos mais barato e este movimento é justo, esperamos que o governo Temer se sensibilize e atenda as solicitações da classe”, disse.

Por fim, Mitonho disse destacou que “a greve dos caminhoneiros tem nos preocupado bastante. Todos os Ceasas do Brasil tem sofrido as consequências deste movimento o que acarreta em quase todos os seguimentos da sociedade brasileira. A nossa preocupação é que hoje não temos mais nada para ser comercializados e caso a paralização não acabe a situação vai piorar mais ainda e vai começar a faltar produtos nos supermercados. Ontem tivemos apenas a entrada de 3%, e não tínhamos nem 3 carros dentro do Ceasa, o prejuízo já soma em torno de R$ 60 milhões”.

Em nota enviada, a Autarquia Municipal de Abastecimento/AMA informa que em razão da greve dos caminhoneiros e, como consequência, a redução acentuada da entrada de mercadorias no Mercado do Produtor de Juazeiro, ficou impossibilitada a formação de preços compatível com a oferta e a diversidade de produtos e atacadistas.

Com isso informamos que a cotação de preços ficará temporariamente suspensa até que a comercialização esteja normalizada. Não há como levantar preços para a elaboração da tabela de preços desde a última quinta-feira (24).

Da Redação/BlogQSP