A prestação de contas da prefeitura de Juazeiro, na casa Aprígio Duarte, não foi tão tranquila como previa o vereador Pedro filho. Além de ter começado com quase uma hora de atraso, a sessão por pouco não virou um grande bate-boca. Motivo? O vereador Alex Tanuri (PSDB) sentiu-se incomodado com o tamanho das letras da cópia do documento com as contas entregue aos vereadores. Tanuri reclamou tanto que pediu ao secretário de finanças do município, João da Costa, que ditasse todos os valores apresentados por ele. Antes, ele (Tanuri) acusou o presidente da casa, Nilson Barbosa (PTB), pelo erro. “O senhor manda tirar a xerox cortada. Isso aqui está pequeno”, protestou Tanuri.
A todo o momento o secretário era interrompido pelos vereadores da oposição que pediam explicações sobre os números apresentados. A base do governo não deixava barato e pedia que os colegas respeitassem a fala de João da Costa e que eles teriam o momento certo para as suas interpelações.
Quando chegou a vez dos vereadores interrogarem o secretário, apenas José Carlos Medeiros (PV), da oposição, e Damião Medrado(PMDB), que tem se revelado um ardoroso defensor do prefeito Isaac, se credenciaram. Medeiros questionou sobre o aumento das despesas no município e criticou o governo. ” Eles não conseguiram gerenciar o próprio orçamento que fizeram”, afirmou. O secretário respondeu a questão do vereador dizendo que vários cortes foram feitos na administração municipal. ” Nós fizemos um aperto nas reduções das despesas, mas algumas não tem como apertar”, disse.
O clima voltou a esquentar quando Medeiros afirmou que o secretário não conhecia a cidade. João da Costa respondeu dizendo conhecia sim e que inclusive, o vereador que tanto reclama de obras na sua comunidade, agora pode sair de casa sem se preocupar com os danos da chuva. Aí já viu, mais confusão.
O vereador Damião Medrado, aliado do governo, elogiou a apresentação do secretário e quis saber como andavam as dívidas herdadas das administrações anteriores. Deixa para mais uma discussão. A briga foi tão feia que o presidente chegou a ameaçar Tanuri e dar-lhe um “puxão de orelhas”. ” Mantenha-se calado e aprenda a ouvir”, alertou o presidente.
Para terminar a sessão, Tanuri voltou a reclamar do tamanho das letras. Em resumo, sobrou conversa e faltou mais respeito com a população que estave presente na Câmara.