Rebelião longe de um fim

As últimas informações que chegaram até nossa equipe é que o desfecho na rebelião dos detentos de Juazeiro iniciado nas primeiras horas desta segunda-feira, esta longe de acabar. O dia foi bem longo, especialmente para os familiares que permaneceram sem água ou alimentação a frente do conjunto Penal na tentativa frustrada de obter informações de seus presos. 
A apreensão aumentava a cada vez que nuvens de fumaça saiam da ala B do presídio indicando que os detentos continuavam rebelados. O cenário parecia de filme de guerra, com policia pra todo lado e nenhuma informação precisa, até cães adestrados ilustravam a cena. 
Uma das poucas informações que chegou ate a imprensa é que os detentos exigiram a presença de um juiz e, que chegou ao presidio por volta das 16 horas, identificado como Roberto Paranhos, no entanto sua presença não trouxe paz ao ambiente cujo o clima voltou a ficar tenso quando duas ambulâncias do Samu chegaram ao local., causando alvoroço, principalmente nos parentes, que ainda não sabiam se existia feridos ou ate mortos.
Foi somente por volta das 18 horas que a imprensa teve as primeiras informações oficiais, quando o comandante de Policiamento da Regional Norte, coronel Lira Junior, o diretor de Segurança Prisional, major Júlio César e o diretor do Conjunto Penal, Manoel Thadeu Serafim, compareceram ao portão do presídio com as últimas informações.
Segundo o coronel Lira a presença da PM no local era para garantir a integridade dos detentos, dos funcionários do presídio e dos familiares. Ele afirmou que desde o início da rebelião que as autoridades tentam um diálogo com os detentos, mas sem resultados. O comandante deixou claro que a PM só iria intervir nas últimas consequências, porém adiantou que não vai permitir que ninguém faça mal ao outro. O diretor do Conjunto Penal, Thadeu Serafim, explicou que todas as formas de conversas foram sugeridas, entretanto, garante que os detentos não quiseram a negociação. “Não sabemos qual a verdadeira situação lá dentro. Todo o pavilhão já foi destruído e existem oito reféns em poder dos rebelados”, disse o diretor que não descartou a possibilidade de existirem feridos e confirmou que pela manhã, na tentativa de conter o motim, policiais efetuaram disparos, contudo não soube precisar se houve ou não feridos.
Agora só nos resta aguardar e ver o resultado dessa operação nesta manhã. 


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