Missão internacional faz visita técnica na Moscamed para treinamento e identificação em Anastrepha grandis

De 14 a 26 de outubro técnicos do programa de mosca-das-frutas desenvolvido na Biofábrica Moscamed Brasil acompanharam uma missão enviada pela Agência Internacional de Energia Atômica e composta por dez pesquisadores dos países da América Central, Belize, El Salvador, Guatemala, Honduras, Panamá e da Bolívia na América do Sul, que estiveram no Brasil para uma visita técnica de treinamento e identificação da Anastrepha grandis.

Os integrantes da missão conheceram as pesquisas realizadas no Instituto de Biologia da Universidade de São Paulo (USP/ICB) e os locais que desenvolvem pesquisas sobre a Anastrepha grandis. Em seguida foram encaminhados para a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará, com última parada no Vale do São Francisco para conhecer o Programa de Controle e Monitoramento de Mosca-das-frutas no combate a espécie Ceratitis capitata.

O grupo visitou as instalações da Biofábrica para conhecer a criação em massa da Ceratitis capitata e a Técnica do Inseto Estéril – TIE, além da liberação em campo e monitoramento e controle dessa praga que ataca as frutas prejudicando sua comercialização.

“A missão foi recomendada à Moscamed pela Agência Internacional de Energia Atômica respaldados no exemplo do Brasil, reconhecido mundialmente na área de programas de controle integrado de mosca-das-frutas com uso da tecnologia TIE. Além disso, o país tem conduzido uma série de fóruns internacionais sobre o combate da mosca-das-frutas, além de pesquisas e desenvolvimento na área com o apoio tanto do setor público quanto do privado”, afirmou o diretor executivo da Biofábrica, Jair Virgínio.

Além das visitas, a missão assistiu a uma apresentação da Dra Beatriz Parãnhos, pesquisadora da EMBRAPA que também coordena a produção de mosca-das-frutas na Biofábrica. Através de dados e gráficos, a pesquisadora apresentou mais uma alternativa de controle biológico de pragas através da utilização de parasitoides. “O estudo foi realizado nos Estados Unidos, mas é importante destacar que nós temos parasitóides nativos no Brasil para controle biológico das moscas das frutas, apesar de aqui no Vale do São Francisco ser isento de parasitóides”, explicou Dra. Beatriz.

Segundo a pesquisadora, no caso especifico do Vale do São Francisco podem ser utilizados parasitóides exóticos para o controle biológico das espécies Anastrepha e Ceratitis. “A experiência já foi aplicada no Brasil, nos estado de São Paulo e Amapá através do Centro de Energia Nuclear na Agricultura – CENA”, informou. A missão encerrou no dia 26 de outubro com o retorno dos técnicos para seus países de origem.

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Iana Lima – Jornalista


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