Em entrevista à revista inglesa FourFourTwo, o lateral direito Daniel Alves, do Paris Saint-Germain, falou sobre diversos assuntos. Ele foi questionado, por exemplo, sobre qual profissão gostaria de seguir se não fosse jogador de futebol, e se confessou um amante da velocidade e também da música.”Se fosse (uma profissão) no esporte, eu seria piloto de Fórmula 1. Mas se fosse qualquer outra profissão, eu seria músico”, afirmou.Alves, porém, acabou virando futebolista para realizar o grande sonho de seu pai, que foi sua grande inspiração.
“(Eu sabia que havia virado um jogador de sucesso) Quando meu pai chorou pela primeira vez, porque era o sonho dele e por tabela o meu. Na verdade, eu queria ser músico, mas acabei comprando a ideia dele de ser jogador de futebol, e acabei podendo realizar esse sonho dele, que para mim era algo impensável, algo que nem nos meus melhores sonhos eu poderia ter imaginado: poder realizar o sonho do meu grande ídolo e minha grande inspiração”, salientou.
Daniel colocou seu pai até à frente de Cafu como grande ídolo no futebol.
“Meu ídolo quando eu era criança sempre foi meu pai, porque ele amava muito o futebol. Quando comecei a entender um pouco mais a paixão do meu pai, gostar, entrar de vez para esse mundo, passei a admirar os grandes jogadores. Minha referência é o Cafu pela história. A história dele me inspirava bastante, e acabei tendo como referência”, explicou.
O lateral direito colocou sua estreia pela seleção como momento mais feliz da carreira.
“O dia mais feliz da minha carreira foi quando joguei pela primeira vez pela seleção brasileira. Foi um sonho! Acredito que todo jogador de futebol, quando decide ser jogador, quando abdica das coisas para realizar esse sonho, pensa em vestir a camisa de seu país. Por isso, para mim esse dia foi algo incrível, inesquecível. Ali é quando você começa a se sentir um jogador de futebol exitoso em sua profissão”, ressaltou.
Daniel também falou sobre os momentos mais tristes que passou no esporte.
“Houve dois momentos em que o futebol partiu meu coração. Um foi a morte do Antonio Puerta, quando eu estava no Sevilla [o lateral direito teve uma parada cardíaca em campo e faleceu no hospital depois], e outro foi quando soubemos que o Abidal estava doente [o ex-lateral teve câncer no fígado]”, relatou.
Por fim, o camisa 32 disse que não tem arrependimentos em sua vitoriosa carreira, marcada pela conquista de 34 títulos por Bahia, Sevilla, Barcelona, PSG e seleção brasileira.
“Não tive grandes arrependimentos. Minha vida foi difícil, tive bastante dificuldades, porém foi muito feliz. Não me arrependo de praticamente nada. Não tive arrependimentos na minha vida, não… Todas as decisões que tomei não fui escravo delas, e no final todas elas deram certo”, encerrou.