MAIS UM MINISTRO “DESEMBARCA” DO GOVERNO TEMER

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

João Batista de Andrade, que ocupou interinamente o Ministério da Cultura, após a saída de Roberto Freire do governo de Michel Temer (clique aqui), decidiu também pedir demissão do cargo, nesta sexta-feira (16). Em depoimento à Folha de S. Paulo, Andrade explicou que a motivação para deixar a pasta se dá pelo corte de 43% do orçamento da Cultura e por polêmicas na nomeação do presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine).

À publicação, o ex-ministro afirmou que Debora Ivanov deveria ocupar o cargo, tendo inclusive apoio de Freire e da classe artística, mas que Temer preferiu outro nome. “O que acontece é que o presidente tem direito de fazer isso, mas não é a boa política desautorizar o Ministério da Cultura”, João Batista de Andrade, destacando que sua pasta se tornou “inviável” após os cortes orçamentários. “Era um ministério que já estava deficiente.

O Fundo Nacional de Cultura, que já teve R$ 500 milhões na época áurea, hoje tem zero de recurso. É um ministério inviável tratado de forma a inviabilizá-lo ainda mais”, afirmou, ressaltando que o Brasil vive hoje um “quadro desfavorável para a política cultural”.

Ele não quis, no entanto, opinar sobre o próximo nome a ocupar o cargo de titular do Ministério da Cultura, que durante a gestão Temer já passou por três mãos: Marcelo Callero, Roberto Freire e o próprio João Batista de Andrade. “Não quero participar desse sorteio de quem será ministro. Eu me recuso a participar disso. Deixo o governo livre para indicar quem quiser. Pesa muito a incapacidade enorme de superar essa crise”, reiterou.

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