Ginecologista do HDM/IMIP alerta mulheres para o risco de fumar durante a gestação

O Dia 29 de Agosto é o dia Nacional de Combate ao Fumo, hábito que tem causado males à saúde de milhares de brasileiros a cada ano. Para as mulheres gestantes, o hábito de fumar é ainda mais agravante.
A ginecologista obstetra do Hospital Dom Malan/Gestão IMIP, Fabíola Leite alerta as mulheres que mantém o habito do fumo. Segundo ela, qualquer indivíduo que fume, recebe em seu organismo, componentes como a nicotina e o monóxido de carbono, presentes no cigarro. Esses elementos potencializam alterações no sistema cardiovascular, agravando a hipertensão, doenças arteriais e acidente vascular cerebral (AVC). “As modificações do corpo da mulher durante a gestação, fazem dela um grupo mais susceptível a certas doenças, como diabetes, doenças hipertensivas, doenças vasculares, entre outras. Caso a gestante seja tabagista, estes riscos tornam-se ainda maiores. O tabagismo pode afetar também a fertilidade da mulher, dificultando que ela engravide. Também pode dificultar a amamentação, diminuindo a produção de leite e o tempo de lactação”, explica a Drª Fabíola Leite. 

Para a médica, uma mulher fumante que engravida precisa parar imediatamente de fumar, pois é nesta fase que ela mais tem contato com profissionais de saúde que podem orientá-la sobre os prejuízos do cigarro. “Além disso, a preocupação com a saúde do feto gera uma motivação extraordinária à mãe. Caso a mulher não consiga parar de fumar, ela deve ser encorajada a, pelo menos, reduzir o número de cigarros que fuma por dia, especialmente no terceiro trimestre de gravidez, fase em que o fumo mais atua na diminuição do desenvolvimento fetal. O bebê é considerado um fumante ativo quando está dentro do útero da sua mãe. E também um fumante passivo, após o nascimento. O tabagismo aumenta o risco de abortamentos, prematuridade, alterações placentárias que provocam diminuição na chegada de sangue ao feto, e consequentemente, crescimento intrauterino restrito”, alerta.

Os riscos para a criança continuam após o nascimento com a possibilidade de doenças pulmonares, doenças cardiovasculares, câncer de pulmão e até mesmo, morte súbita. “Os filhos de mães tabagistas também podem sofrer doenças neurológicas transitórias ou permanentes, afetando seu crescimento, desenvolvimento e aprendizado na infância, adolescência e até na vida adulta. Infelizmente, ainda é grande o número de mulheres que fumam durante a gestação. A maioria delas tem um nível de escolaridade baixo, e muitas não têm acesso ao pré-natal, o que agrava a sua situação”, concluiu Drª Fabíola Leite.

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